Consumidor de maconha em Goiânia denuncia traficante por calote

Em Goiânia, um consumidor de maconha procurou a polícia após ser lesado por um traficante que não entregou a substância acordada. O caso levanta questões sobre a legalidade e os limites das relações entre consumidores e fornecedores de drogas ilícitas no Brasil.

No final de fevereiro de 2025, um consumidor negociou a compra de 30 gramas de maconha por R$ 210 e não recebeu a droga, mesmo após efetuar o pagamento. Sentindo-se prejudicado, registrou um boletim de ocorrência, destacando a importância da boa-fé nas relações, mesmo em transações ilícitas.

O delegado Humberto Teófilo, da Central Geral de Flagrantes de Goiânia, classificou o caso como "inacreditável". Explicou que, embora não haja crime de estelionato nesse tipo de transação, o denunciante pode responder por comunicação falsa de crime. Ele ressaltou a falta de uma relação comercial legítima entre usuário e traficante.

Em 2024, o STF estabeleceu que o porte de até 40 gramas de maconha para uso pessoal não é crime. No entanto, a venda e o tráfico de drogas continuam sendo ilícitos. Essa situação destaca a complexidade das leis e percepções em torno do uso e comércio de substâncias ilícitas no país.

O caso em Goiânia evidencia os riscos legais envolvidos no consumo e nas tentativas de resolver litígios derivados de transações ilegais. Serve como alerta para consumidores de substâncias ilícitas, ressaltando a importância de compreender as leis e consequências de ações relacionadas ao uso e comércio de drogas no Brasil.