ONU inclui HHC na Tabela II da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas: Canabinoide barrado

Segundo o CannaReporter, durante a sessão da Comissão em Viena, a decisão de incluir o HHC na Tabela II da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas foi tomada, com a única abstenção dos Estados Unidos.

Atualmente utilizado como substituto do THC, o HHC passará a ser restrito a usos científicos e médicos, seguindo as diretrizes estabelecidas na Tabela II. Essa medida implica em uma proibição internacional para o uso não-medicinal e recreativo da substância. Durante a reunião, foi destacado que o HHC pode ser consumido por inalação, via oral e sublingual, sendo detectado em motoristas que dirigiam sob sua influência. A decisão já havia sido previamente anunciada pela Sechat em fevereiro deste ano.

A recomendação foi aprovada com a exigência de uma maioria de dois terços, ou 36 votos a favor. Além da abstenção dos Estados Unidos, países como Argélia, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, China, França, Índia, Japão, Portugal, Reino Unido, entre outros, votaram a favor. A inclusão do HHC na Tabela II implicará na implementação de regulamentações para prescrição e licenciamento em todos os 184 países signatários da convenção.

A decisão de incluir o HHC na Tabela II foi embasada em dados apresentados durante a sessão, que evidenciaram os diferentes modos de consumo da substância e os riscos associados, particularmente em relação à segurança viária. Essas informações foram cruciais para recomendar sua inclusão na Tabela II, refletindo a preocupação com a saúde pública e a segurança.

Com a aprovação da recomendação da OMS, o mercado do HHC, anteriormente comparável ao do THC, será regulamentado de forma mais rigorosa. A comercialização recreativa do HHC será encerrada com essa decisão da ONU, o que exigirá adaptações na indústria em relação à produção, distribuição e consumo da substância.

A inclusão do HHC na Tabela II demandará dos 184 países signatários da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas a incorporação dessa mudança em suas legislações nacionais. Isso envolverá a implementação de sistemas de prescrição e uma fiscalização rigorosa para garantir o uso exclusivamente para fins científicos e médicos, representando um desafio adicional na luta contra o abuso de substâncias e na promoção da saúde pública global.

Fonte: Sechat.