60% dos brasileiros estão a favor da regulamentação da cannabis para uso medicinal

Uma pesquisa realizada entre os dias 12 e 14 de outubro de 2024 revelou que a maioria dos brasileiros apoia a liberação da maconha para fins medicinais. Do total de 2.500 entrevistados, 60% são favoráveis, enquanto 31% são contra e 10% não souberam opinar.

Os dados mostram um aumento constante no apoio à cannabis medicinal: em julho de 2022, era de 54%, em setembro de 2023 subiu para 56% e, neste ano, chegou a 60%. Por outro lado, o número de pessoas contrárias vem diminuindo progressivamente, passando de 37% em 2022, para 35% em 2023 e agora 31% em 2024.

O estudo, realizado pelo PoderData, contatou participantes de 181 municípios em todas as 27 unidades da Federação, considerando diversidades como sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

A médica Alice Poltosi testemunha esse aumento de interesse pela cannabis medicinal em suas consultas. Ela destaca que a busca por tratamentos com cannabis tem crescido significativamente, com pacientes mais receptivos e menos preconceituosos em relação à planta.

Segundo Poltosi, essa mudança de mentalidade é resultado da disseminação de informações verdadeiras sobre o tema e do "boca a boca" entre pacientes que experimentaram o tratamento.

Entre os entrevistados, 59% dos homens e 60% das mulheres apoiam a regulamentação da cannabis medicinal. A faixa etária mais favorável é a dos jovens entre 16 e 24 anos, com 63% de apoio. A região Sudeste lidera com 62% de apoio à regulamentação.

Em relação à renda, 61% das pessoas com até dois salários mínimos são a favor da regulamentação. Já em relação à escolaridade, 67% das pessoas com ensino fundamental apoiam a causa.

Por outro lado, a oposição é mais evidente entre adultos de 45 a 59 anos e na faixa de renda acima de cinco salários mínimos, ambos com 35% de oposição. No aspecto educacional, pessoas com ensino superior apresentam a maior taxa de oposição, com 37%. Na região Norte, 48% são contra a regulamentação.

Fonte: Sechat.