A aliança ancestral entre homem, cavalo e cannabis renovada pela ciência

Rodrigo Zamith, médico-veterinário brasileiro radicado em Bologna, na Itália, desde os três anos de idade já montava a cavalo. Criado em uma pequena propriedade rural, os equinos sempre foram sua paixão e inspiração. Zamith destaca a profunda conexão entre humanos e cavalos, que remonta a milhares de anos, desempenhando papéis cruciais em diversas áreas.

A ciência da planta cannabis está se expandindo para os estábulos em países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Suíça e Itália. Estudos sobre os compostos da cannabis para uso veterinário vêm ganhando destaque. Zamith ressalta que, na Itália, veterinários já podem prescrever produtos com altas concentrações de THC via farmácias de manipulação.

A aplicação da cannabis em cavalos ainda é recente, porém promissora. Pesquisas preliminares indicam que os canabinoides podem auxiliar no tratamento de inflamações, dores, ansiedade e distúrbios comportamentais, de forma segura e com menos riscos de efeitos adversos.

Entre as indicações clínicas promissoras estão laminite, osteoartrite, cólicas e síndromes inflamatórias intestinais. No entanto, é essencial ter cuidado com o uso desinformado, considerando a metabolização dos canabinoides e possíveis efeitos colaterais.

O futuro da cannabis veterinária ainda requer mais pesquisas para estabelecer protocolos seguros de dosagem e entender a farmacocinética dos canabinoides em equinos. Zamith destaca a sensibilidade dos cavalos às emoções humanas e defende estudos mais aprofundados nessa área.

É fundamental agir com ética, cautela e embasamento científico ao considerar o uso de produtos à base de canabinoides em cavalos. Zamith enfatiza a importância de consultar um médico veterinário especializado e garantir a qualidade dos produtos utilizados.

Fonte: Sechat.