"A chave para entender a cannabis, nas palavras de Sol Feliciano"
- Redação
Falar sobre cannabis é também falar sobre combater preconceitos e racismo. Para Solange Feliciano, a solução está na informação.

‘A informação é a chave’, diz Sol Feliciano sobre a cannabis
O uso medicinal da cannabis é legal no Brasil desde 2015, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou a importação. Desde então, mais pessoas têm aderido à terapia canabinoide gradualmente.
Por outro lado, muitos brasileiros ainda têm resistência ao tratamento, seja por preconceito ou falta de informações sobre a terapia. Como mudar essa realidade? Como transformar a visão das pessoas sobre a cannabis medicinal?
Enfrentando preconceitos
Segundo Solange Feliciano, membro do Conselho Consultivo do COMPIR (Conselho Municipal de Promoção à Igualdade Racial de São Paulo) e entusiasta da cannabis, a melhor forma de provocar mudanças é por meio da informação e de uma nova cultura.
E não apenas quando se trata do uso medicinal.
“O Brasil é um dos países mais preconceituosos do mundo. E quando falamos sobre cannabis, a situação não muda. (…) Ao refletir sobre todos esses preconceitos enraizados na cultura brasileira, esses estigmas e limitações, o afastamento das pessoas se torna evidente”, ela acrescenta.
Conforme a conselheira, parte desse preconceito está enraizado na cultura e de forma inconsciente. Até pouco tempo atrás, os meios de comunicação tradicionais, como TV e rádio, abordavam a cannabis de maneira negativa, o que influenciou o pensamento coletivo.
Solange destaca que esse preconceito também impede que pessoas negras defendam a causa da cannabis, seja para uso medicinal ou recreativo.
“Acredito que as pessoas negras não se posicionam tanto a favor da cannabis por já enfrentarem muito preconceito e racismo. Carregar mais uma bandeira se torna assustador”, ela complementa.
Seguindo o exemplo da Coca-Cola
A relação entre cannabis e mídia tem progredido gradualmente, como indicou um relatório da Kaya Mind divulgado em 2021. Quando o assunto é cannabis e seus derivados, 72% dos portais de notícias têm adotado uma visão mais positiva nos últimos três anos.
Esse crescimento está ligado a eventos sociais, políticos ou econômicos envolvendo a cannabis. Solange destaca a importância de uma estratégia de marketing que dissemine informações para quebrar estigmas e tornar a cannabis algo comum.
“Vamos pensar na Coca-Cola. Era vendida como remédio em farmácias, mas hoje é consumida por todos. O que mudou? Por que todo mundo consome? A Coca-Cola proporcionou informações que mudaram a percepção das pessoas e até hoje é um produto popular”, exemplifica.
Para ela, é crucial uma divulgação informativa e inclusiva, utilizando diversos meios, como internet, televisão e outdoors, para educar até mesmo os mais resistentes a aceitar a cannabis.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para usos medicinais e requer prescrição para compra. Atualmente, é possível adquiri-la por meio de importações, em farmácias e associações de pacientes.
Se precisar de ajuda, oferecemos um atendimento especializado para esclarecer todas as dúvidas e auxiliar desde a consulta com um médico até o processo de importação do produto por meio da nossa parceira Cannect.
Fonte: Cannalize.
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