Associações de cannabis medicinal: conheça Abrace, Apepi e outras entidades

A cannabis é uma planta milenar que não se restringe ao uso recreativo. Evidências científicas destacam sua importância no tratamento de condições como câncer, epilepsia, autismo, ansiedade e depressão. Surgiram associações de cannabis para facilitar o acesso de forma segura e dentro da legalidade.

A história das associações de cannabis no Brasil remonta a 2014, quando a família de Anny Fischer, uma criança com epilepsia refratária, obteve na justiça o direito de importar óleo derivado da planta. Esse marco impulsionou a criação da primeira associação, a AMA+ME, que busca disponibilizar produtos derivados de cannabis e educar sobre seus benefícios.

Diversas associações surgiram após a AMA+ME, como ABRA Cannabis, Apepi, ABRACE Esperança, ACuCa, Cultive, Cannab, Accura, Santa Cannabis, entre outras. Essas entidades desempenham papel fundamental na disseminação do uso medicinal da cannabis e na luta por regulamentações justas.

As associações de cannabis visam proporcionar acesso a tratamentos para aqueles com dificuldades financeiras, além de promover conhecimento sobre o uso terapêutico da planta. Em 2021, a FACT (Federação das Associações de Cannabis Terapêutica) foi criada para unir associações em prol da regulamentação e inclusão do uso medicinal da cannabis.

O cenário atual das associações de cannabis no Brasil revela um crescimento significativo, com a fundação de 67 associações em 2023. Muitas oferecem acesso gratuito a pessoas em situação vulnerável, educação sobre fitoterápicos e apoio ao auto cultivo. A expansão das associações reflete o impacto positivo das autorizações judiciais e fortalece o engajamento da sociedade pela saúde.

Com mais de 259 associações ativas no país, São Paulo lidera com aproximadamente 32% do total. A região Sudeste concentra 23 associações, seguida pelo Nordeste com 11, Sul com 4, Centro-Oeste com 2 e Norte sem associações. A expectativa é que o número de entidades cresça anualmente, impulsionado por um mercado de R$ 852 milhões no Brasil em 2024, com mais de 672 mil pacientes beneficiados.

Fonte: Kaya Mind.