“Cannabis não modifica a ELA, mas pode aliviar sintomas”

  • Redação
Atualizado: 14 junho, 2025 21:30
<div class="content-area py-[2px]"> <div class="flex flex-col gap-2"> <div class="answer-markdown-box custom-scrollbar select-text overflow-x-auto"> <div class="markdown-body"> <p>Muitas vezes um tratamento de saúde não é sobre &#8216;acabar&#8217; com a condição, mas sim sobre viver bem com a doença. Podemos entender que é assim, no caso da <a href="https://www.cannabisesaude.com.br/?s=esclerose+m%C3%BAltipla">Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)</a>, condição neurodegenerativa que provoca a deterioração das células nervosas, resultando em uma variedade de sintomas, como fraqueza muscular progressiva, espasticidade, dificuldades na fala e deglutição, além de dor crônica, insônia, ansiedade e depressão.</p> <p>E a <strong>Cannabis, especialmente por meio de seus fitocanabinoides como o CBD e o THC, tem demonstrado potencial no alívio de alguns desses sintomas</strong>. O CBD possui propriedades analgésicas e anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a dor e a rigidez muscular, enquanto o THC pode melhorar a qualidade do sono e ajudar a mitigar a ansiedade e a depressão.  Embora a Cannabis não modifique o curso da doença, sua utilização, sob supervisão médica, pode oferecer um alívio significativo e contribuir para uma melhor qualidade de vida dos pacientes com ELA.</p> </div> </div> </div> </div> <div class="border-grey-line2-normal group relative mt-2 cursor-pointer rounded-xl border border-solid px-[18px] py-[10px] pe-[80px]"> <h2 class="flex-center bg-glass-fill1-normal hover:bg-glass-fill1-hover invisible absolute -end-[6px] -top-[6px] z-10 size-4 cursor-pointer rounded-full text-white opacity-0 backdrop-blur-[10px] transition-opacity duration-200 ease-in-out group-hover:visible group-hover:opacity-100">A contribuição da ARELA-RS há mais de 20 anos para pacientes com ELA</h2> </div> <p><span style="font-weight: 400;">Fundada em 2005, e com uma sede em Porto Alegre, instalada no prédio da </span><a href="https://www.amrigs.org.br/"><b>Associação Médica do Rio Grande do Sul, </b></a><span style="font-weight: 400;">a </span><a href="https://www.instagram.com/rs_arela_ela/"><span style="font-weight: 400;">ARELA-RS &#8211; Associação Regional de Esclerose Lateral Amiotrófica</span></a><span style="font-weight: 400;">, vem atuando no sul do Brasil promovendo eventos de informação e apoio a pacientes e familiares com <a href="https://www.cannabisesaude.com.br/?s=esclerose+m%C3%BAltipla" target="_blank" rel="noopener">Esclerose Lateral Amiotrófica</a>. </span></p> <blockquote><p><span style="font-weight: 400;">“Não temos atendimentos clínicos, mas promovemos oficinas e cursos já que a ELA precisa de atendimentos multidisciplinares. </span><span style="font-weight: 400;">O Rio Grande do Sul conta com 500 municípios, e estima-se que haja pelo menos uma pessoa diagnosticada com ELA em cada um deles. Nosso trabalho é garantir que esses indivíduos tenham acesso às informações sobre os tratamentos adequados que podem melhorar sua qualidade de vida”, afirmou Andréa Araújo, vice-presidente voluntária da ARELA-RS, que se envolveu com a associação após a experiência pessoal com um familiar diagnosticado com a doença.</span></p></blockquote> <p><span style="font-weight: 400;">De acordo com Andréa, a associação ainda é desconhecida por muitos, embora atue com um público ativo de cerca de 400 pacientes. “Sabemos que, na verdade, impactamos pelo menos 800 pessoas. O reconhecimento da associação é um passo importante para que mais pacientes e familiares encontrem o apoio que precisam”, menciona.</span></p> <h2><b>Melhora no diagnóstico e conscientização da ELA</b></h2> <p><span style="font-weight: 400;">Segundo a voluntária, que também é psicóloga, há uma conscientização maior sobre a condição. Porém, <strong>a demora no diagnóstico ainda é uma questão que impõe desafios.</strong> </span></p> <p><span style="font-weight: 400;">“O diagnóstico é mais demorado e os pacientes sofrem quando recebem a suspeita e levam anos investigando, ou realizando tratamentos errôneos, e isso vem mudando realmente. Temos mais diagnósticos atualmente, o que é bom para as pessoas. </span><span style="font-weight: 400;">O diagnóstico é mais preciso e leva menos tempo. A doença está um pouco menos desconhecida depois de todas as ações que têm acontecido há décadas.” pontua.</span></p> <figure id="attachment_62522" aria-describedby="caption-attachment-62522" style="width: 900px" class="wp-caption aligncenter"><img fetchpriority="high" decoding="async" class="size-full wp-image-62522" src="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/06/de-9.jpg" alt="" width="900" height="390" srcset="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/06/de-9.jpg 900w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/06/de-9-300x130.jpg 300w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/06/de-9-768x333.jpg 768w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/06/de-9-50x22.jpg 50w" sizes="(max-width: 900px) 100vw, 900px" /><figcaption id="caption-attachment-62522" class="wp-caption-text">Encontro de pacientes e familiares da Arela-RS</figcaption></figure> <h2><span style="font-weight: 400;">O desafio do balde do gelo</span></h2> <p><span style="font-weight: 400;">Para Andrea o desafio do balde de gelo foi uma mobilização internacional que impactou na conscientização da doença. </span><span style="font-weight: 400;">Também conhecido como &#8220;<em>Ice Bucket Challenge</em>&#8220;, foi uma campanha viral lançada em 2014 com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a ELA e arrecadar fundos para a pesquisa sobre a doença. </span></p> <p><span style="font-weight: 400;">A dinâmica consistia em crianças e adultos serem desafiados a despejar um桶 de água gelada sobre si mesmos e, em seguida, fazer uma doação para a ALS Association, além de convidar outras pessoas a participar do desafio. O evento rapidamente se tornou um fenômeno global, com celebridades e figuras públicas se envolvendo, o que resultou em um aumento significativo nas doações para a pesquisa sobre ELA e na divulgação da doença, trazendo maior visibilidade às dificuldades enfrentadas pelos pacientes e suas famílias.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">“Foi um simbolismo sobre a sensação de receber o diagnóstico de ELA. Já que muda a vida e os planos. Foi uma febre nos Estados Unidos e no Brasil também”</span></p> <h2><span style="font-weight: 400;">Cannabis no tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica</span></h2> <p><span style="font-weight: 400;">Andrea revela que há um tempo recebe o questionamento dos pacientes associados da Arela-RS sobre o tratamento com as moléculas da Cannabis, como CBD e THC para aliviar os sintomas da condição. </span></p> <blockquote><p><span style="font-weight: 400;">“Há um pronunciamento oficial sobre o uso da Associação Brasileira e o que mais importante é que ele não tem nenhum efeito modificador da doença, que é isso que às vezes as pessoas confundem. Ou seja, ele não vai modificar o curso da ela, a progressão, ele não modifica. Mas alivia muitos sintomas. Não é unanimidade entre os médicos, nem todos prescrevem, mas uma grande parte dos especialistas que a gente conhece, eles prescrevem, só que é de acordo com cada caso”.</span></p></blockquote> <p><span style="font-weight: 400;">Além disso,  Andréa destaca o parecer da ABrela &#8211; Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica  &#8211; sobre o uso de Cannabis para a condição. O documento, </span><a href="https://www.abrela.org.br/wp-content/uploads/2020/07/Parecer-ABrELA-Cannabis.pdf"><span style="font-weight: 400;">disponível aqui</span></a><span style="font-weight: 400;">, também defende que o CDB isolado ou associado com THC não se apresenta como modificadora da doença, mas pode ser utilizado com parcimônia, em algumas situações clínicas  associadas, tais como:</span></p> <ul> <li><span style="font-weight: 400;">espasticidade, </span></li> <li><span style="font-weight: 400;">distúrbios do sono, </span></li> <li><span style="font-weight: 400;">ansiedade, </span></li> <li><span style="font-weight: 400;">depressão  </span></li> <li><span style="font-weight: 400;">dores</span></li> </ul> <h3><strong>Ao encontro deste documento, Andréa observa que a dor, a insônia e a rigidez que causa a doença são as principais atuações do CBD. </strong></h3> <p><span style="font-weight: 400;">“A Cannabis, dependendo do paciente que não está tendo sucesso com os fármacos tradicionais, pode substituir alguns fármacos e fazer bons efeitos. Mas, obviamente, com avaliação do médico para ver o benefício, mas existem esses benefícios sim. E nós apoiamos o que o médico decidir para cada um”, finaliza. </span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Por fim, essa perspectiva abre um importante espaço para discutir as potenciais contribuições terapêuticas da Cannabis na qualidade de vida de pessoas vivendo com ELA, ao mesmo tempo em que enfatiza a necessidade de avaliação cuidadosa e acompanhamento médico.</span></p> <p>Leia mais:</p> <ul> <li><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/diretor-medico-abem-guilherme-olival/">Diretor médico da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla afirma que Cannabis tem “papel interessante no tratamento da condição”</a></li> <li><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/cannabis-sintomas-urinarios-esclerose-multipla/">Cannabis pode melhorar sintomas urinários da esclerose múltipla</a></li> <li><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/cannabis-no-tratamento-da-esclerose-multipla/">Cannabis no tratamento da esclerose múltipla</a></li> </ul> <h2><span style="font-weight: 400;">Cannabis no RS</span></h2> <p><span style="font-weight: 400;">Segundo dados do Anuário da Kaya Mind, houve um aumento de 67% em 2024 de importações de produtos à base de Cannabis no estado do Rio Grande do Sul. Ainda segundo o relatório há oito pesquisas sendo realizadas sobre Cannabis no estado em cinco instituições diferentes. atualmente, ainda não há leis que garantam o acesso à Cannabis medicinal no RS.</span></p> <h2>Como iniciar um tratamento com medicamentos à base de Cannabis para esclerose múltipla</h2> <p>Para incluir medicamentos à base de Cannabis entre as diferentes abordagens para a esclerose múltipla, é fundamental ter a prescrição de um médico. Acessando nossa <a href="https://www.cannabisesaude.com.br/agende-a-sua-consulta/" target="_blank" rel="noopener">plataforma de agendamento</a>, você tem centenas de médicos à disposição para avaliar o seu caso e recomendar o melhor caminho.</p> <p>Com o acompanhamento médico adequado, não só a vida do paciente ganha em qualidade, mas de todas as pessoas que vivem ao seu redor. Então, inicie o tratamento precoce para aumentar as chances de sucesso. <strong><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/agende-a-sua-consulta/" target="_blank" rel="noopener">Marque já uma consulta!</a></strong></p>
© 2024 Buscannabis. Todos os direitos reservados.