Cannabis X Escitalopram: É viável a substituição?

  • Redação
Atualizado: 11 abril, 2025 11:38
Saiba os prós e contras e quando é possível adicionar ou trocar a cannabis no tratamento
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Cannabis X Escitalopram: É possível substituir?
O uso de produtos à base de cannabis tem aumentado no Brasil, especialmente para questões mentais.
Segundo dados da Kaya Mind, a ansiedade é a condição mais buscada para tratamento. Então, será que é viável substituir medicamentos convencionais como o escitalopram?
Conversamos com o psiquiatra João Victor Lorenzetti para entender se essa troca é possível.

O que é o escitalopram?

Antes de falarmos sobre cannabis, o que você conhece sobre o escitalopram?
É um antidepressivo amplamente utilizado, indicado para transtornos psiquiátricos como depressão, síndrome do pânico e ansiedade.
O medicamento está disponível no mercado há mais de 20 anos e requer prescrição de controle especial, válida por 30 dias. Mesmo assim, é muito popular, com mais de 15 milhões de caixas vendidas só em 2021.
De acordo com o psiquiatra, antidepressivos como este agem diretamente nos sistemas das monoaminas, aumentando a transmissão de serotonina e bloqueando sua recaptação.
Pertencente à classe dos ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina), sua função é evitar a remoção de serotonina do cérebro, conhecida como "hormônio da felicidade".
Ao manter a substância por mais tempo disponível, o bem-estar do paciente melhora.
Porém, o medicamento pode gerar efeitos colaterais, como alterações no apetite, suor, dores musculares, entre outros.
Além disso, é contraindicado para pacientes com histórico de arritmia cardíaca e durante a gravidez.

E a cannabis?

Embora influencie a serotonina, a cannabis atua de forma distinta, por meio do Sistema Endocanabinoide, que regula as funções do organismo.
Através dos canabinoides, como o CBD, por exemplo, a cannabis pode modular substâncias como a anandamida e 2-araquidonilglicerol, impactando as monoaminas em menor escala.

Substituição

Segundo o médico, a troca não é recomendada para a maioria dos casos. A cannabis é vista como complemento ao tratamento, possibilitando a redução ou até a suspensão do escitalopram em alguns casos, mas não como regra.
Cada situação deve ser avaliada individualmente e de forma controlada.
É essencial o acompanhamento médico, pois a interação entre a cannabis e o escitalopram pode ser perigosa, mas com o suporte correto, pode gerar benefícios para o paciente.

Cannabis X Escitalopram

A cannabis é uma opção devido aos poucos efeitos colaterais, ao contrário das medicações psiquiátricas que podem variar.
No geral, a cannabis medicinal apresenta menos efeitos colaterais, tornando-a uma alternativa mais suave em comparação às terapias tradicionais.
Em casos de dúvidas sobre o tratamento com cannabis medicinal, consulte um médico especializado para receber orientações específicas e a melhor indicação para sua condição.
Fonte: Cannalize.
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