CBD no combate ao crack: estudo da UnB aponta esperança e nova fonte natural no Brasil

  • Redação
Atualizado: 31 maio, 2025 21:20
<p>Uma descoberta que brota do nosso próprio chão pode mudar os rumos do tratamento da dependência química no Brasil. Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) anunciaram resultados animadores no uso do canabidiol (CBD) para tratar pessoas em situação de dependência do crack. E mais: uma planta até então vista como “mato” pode ser a chave para democratizar o acesso a essa substância terapêutica.</p><p><br>O estudo conduzido na UnB revelou que o uso do CBD foi mais eficaz na redução do consumo de crack e dos efeitos colaterais, em comparação com medicamentos tradicionalmente usados nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPs AD). Para quem enfrenta o desafio de tratar quadros tão complexos, a novidade representa um respiro, tanto para os profissionais da saúde quanto para os pacientes e seus familiares.</p><p><br>Enquanto isso, na outra ponta do Brasil, uma outra frente de pesquisa também promete sacudir as bases da biotecnologia medicinal. Cientistas descobriram que a Trema micrantha, um arbusto que cresce livremente por quase todo o território nacional, contém naturalmente canabidiol em suas flores e frutos. A revelação foi feita à agência AFP pelo biólogo molecular Rodrigo Moura Neto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e ganhou repercussão em veículos internacionais, como o Science Alert.</p><p><br>“É uma planta que cresce no mato, sem precisar de nenhum tipo de manejo específico. Isso abre a possibilidade de termos uma fonte alternativa, legal e muito mais acessível de canabidiol”, explicou o biólogo.</p><p><br>O CBD, que é um dos compostos mais estudados da cannabis, vem sendo usado no mundo inteiro para tratar epilepsias, dores crônicas, ansiedade e, mais recentemente, dependência química. Ao contrário do THC, ele não provoca alterações cognitivas ou sensoriais, o que o torna uma alternativa mais segura para diversos perfis de pacientes.</p><p><br>Para os pesquisadores da UnB, os resultados com dependentes de crack trazem não só dados, mas também humanidade: falamos de vidas que podem reencontrar sentido, de vínculos familiares que podem ser restaurados, de esperanças que voltam a brotar, assim como a Trema micrantha nos campos brasileiros.</p>
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