Atualizado: 25 maio, 2025 23:03 <p><span style="font-weight: 400;">Poucas experiências desestabilizam tanto uma família quanto presenciar uma crise convulsiva pela primeira vez. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O chão parece sair dos pés quando alguém, até então saudável, de repente se contorce, perde a consciência ou começa a emitir sons incontroláveis. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Não há tempo para buscar no Google o que fazer — é uma daquelas situações em que o corpo reage antes da mente entender. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A crise convulsiva é um evento neurológico que interrompe, por instantes ou minutos, a comunicação elétrica do cérebro. Mas ela está longe de ser uma condição única, simples ou previsível. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Há quem tenha uma única crise na vida, provocada por febre alta ou privação de sono. Outros convivem com episódios frequentes, como parte de um diagnóstico maior, como a epilepsia. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Muitas vezes, o que se manifesta como uma crise convulsiva é apenas a ponta visível de algo mais profundo, mais silencioso.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Um distúrbio metabólico, uma lesão cerebral antiga, um efeito colateral de medicamento ou mesmo uma condição genética não diagnosticada. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Se você está aqui porque passou por isso — ou viu alguém passar — este conteúdo vai te mostrar o que você precisa sobre o que é uma crise convulsiva, por que ela acontece e como lidar com ela da forma mais segura possível. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Curioso? Prossiga com a leitura e aprenda sobre:</span></p>
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">O que causa uma crise convulsiva? </span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Como identificar uma crise convulsiva? </span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Quais são os tipos de crise convulsiva? </span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Como é feito o diagnóstico e acompanhamento da crise convulsiva? </span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Quais os tratamentos para crise convulsiva? </span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Canabidiol no tratamento de crises convulsivas: o que dizem os estudos</span></li>
</ul>
<h2><b>O que causa uma crise convulsiva?</b></h2>
<p><img loading="lazy" decoding="async" class="alignnone size-full wp-image-62011" src="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-diagnostico.jpg" alt="crise convulsiva diagnostico" width="800" height="533" srcset="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-diagnostico.jpg 800w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-diagnostico-300x200.jpg 300w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-diagnostico-768x512.jpg 768w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-diagnostico-50x33.jpg 50w" sizes="(max-width: 800px) 100vw, 800px" /></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Uma crise convulsiva ocorre quando há uma alteração temporária e súbita na </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/crises-de-epilepsia/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">atividade elétrica do cérebro</span></a><span style="font-weight: 400;">, resultando em manifestações físicas ou comportamentais. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Essa disfunção pode ser comparada a uma “tempestade elétrica” cerebral, onde neurônios se ativam de forma desorganizada e excessiva. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O fenômeno está diretamente ligado ao desequilíbrio entre os mecanismos de excitação e inibição das células nervosas, que normalmente mantêm a comunicação neural estável. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em outras palavras, uma crise convulsiva é resultado de falhas nos canais iônicos das membranas neuronais. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Esses canais controlam a entrada e saída de substâncias como sódio, potássio e cálcio, essenciais para a transmissão de impulsos elétricos. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Quando há mutações genéticas, lesões ou inflamações que afetam esses canais, os neurônios podem disparar sinais de forma descontrolada. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Além disso, neurotransmissores como o GABA (inibidor) e o glutamato (excitatório) têm influência direta: a redução de GABA ou o excesso de glutamato favorecem a hiperexcitabilidade neuronal. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">As causas de uma crise convulsiva são multifatoriais. Em cerca de 60% dos casos, não há uma origem identificável (epilepsia idiopática), sugerindo predisposição genética. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Nos restantes, fatores estruturais como tumores, cicatrizes pós-AVC, malformações congênitas ou traumas cranianos são comuns. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Infecções (meningite, neurocisticercose), desequilíbrios metabólicos (hipoglicemia, distúrbios eletrolíticos) e intoxicações (álcool, drogas) também podem desencadear episódios. Em crianças, febre alta é uma causa frequente, mas transitória. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Curiosamente, mesmo sem lesões cerebrais evidentes, mudanças na plasticidade neural – como as que ocorrem durante o sono ou estresse intenso – podem facilitar uma crise convulsiva. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Isso explica por que alguns indivíduos têm episódios esporádicos sem </span><a href="https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurologia_resumo_crise_epiletica_epilepsia_TSRS.pdf" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">diagnóstico de epilepsia</span></a><span style="font-weight: 400;">. </span></p>
<h2><b>Como identificar uma crise convulsiva? </b></h2>
<p><span style="font-weight: 400;">Reconhecer uma crise convulsiva nem sempre é simples, pois suas manifestações variam conforme a região cerebral afetada. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em crises generalizadas, os sintomas são mais evidentes: a pessoa perde a consciência, cai e apresenta </span><a href="https://victorbarboza.com.br/convulsao-ou-crise-epileptica/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">contrações musculares rítmicas</span></a><span style="font-weight: 400;">. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Já nas crises focais, os sinais podem ser sutis, como movimentos repetitivos das mãos ou alterações sensoriais passageiras. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Durante a crise convulsiva, é comum observar:</span></p>
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Perda súbita de consciência (em crises generalizadas);</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Pele em tonalidade azulada;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Dificuldade para respirar;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Rigidez muscular seguida de movimentos rítmicos;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Olhos revirados ou fixos;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Salivação intensa, possivelmente com espuma;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Incontinência urinária ou fecal.</span></li>
</ul>
<p><span style="font-weight: 400;">No período pós-crise (fase pós-ictal), sintomas como confusão mental, fadiga extrema e dores musculares são frequentes. Alguns indivíduos apresentam cefaleia e dificuldade temporária de falar. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em casos raros, comportamentos automáticos, como caminhar sem direção, podem ocorrer. </span></p>
<h3><b>Sintomas que antecedem uma crise convulsiva </b></h3>
<p><img loading="lazy" decoding="async" class="alignnone size-full wp-image-62009" src="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-com-espasmos.jpg" alt="crise convulsiva com espasmos" width="800" height="467" srcset="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-com-espasmos.jpg 800w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-com-espasmos-300x175.jpg 300w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-com-espasmos-768x448.jpg 768w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-com-espasmos-50x29.jpg 50w" sizes="(max-width: 800px) 100vw, 800px" /></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Antes de uma crise convulsiva, alguns indivíduos experimentam sinais de alerta, conhecidos como pródromos ou auras. Esses sintomas podem surgir horas ou minutos antes do evento, servindo como indicadores precoces. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">É importante diferenciar pródromos (alterações gerais) de auras (manifestações sensoriais específicas), já que estas últimas são consideradas parte da própria crise, </span><a href="https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-projetos-e-acoes/pro-vida/dicas-de-saude/pilulas-de-saude/como-agir-diante-de-uma-crise-convulsiva" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">originadas em áreas cerebrais</span></a><span style="font-weight: 400;"> localizadas. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Pródromos incluem mudanças de humor, como irritabilidade inexplicável ou euforia súbita, além de alterações no padrão de sono. Algumas pessoas relatam dores de cabeça leves ou formigamentos dispersos pelo corpo. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Já as auras variam conforme a região cerebral envolvida: crises originadas no lobo temporal podem gerar déjà vu, alucinações olfativas ou gustativas, enquanto auras visuais (como flashes de luz) são comuns em crises occipitais. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em crianças, os sinais prévios costumam ser mais discretos, abrangendo:</span></p>
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Agitação incomum;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Recusa alimentar;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Choro persistente sem motivo aparente. </span></li>
</ul>
<p><span style="font-weight: 400;">Adultos, por outro lado, tendem a descrever sensações subjetivas, como:</span></p>
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Alterações sensoriais (visuais, auditivas, olfativas);</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Sensação de déjà vu ou jamais vu;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Formigamentos e dormência em partes do corpo;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Náuseas ou desconforto gástrico;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Mudanças emocionais abruptas (medo, ansiedade);</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Contrações musculares leves e localizadas. </span></li>
</ul>
<h2><b>Quais são os tipos de crise convulsiva? </b></h2>
<p><img loading="lazy" decoding="async" class="alignnone size-full wp-image-62012" src="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-sintomas.jpg" alt="crise convulsiva sintomas" width="800" height="600" srcset="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-sintomas.jpg 800w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-sintomas-300x225.jpg 300w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-sintomas-768x576.jpg 768w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-sintomas-50x38.jpg 50w" sizes="(max-width: 800px) 100vw, 800px" /></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Quando falamos sobre crise convulsiva, é fácil imaginar apenas aquele momento dramático retratado em filmes, com quedas e abalos musculares. Mas a realidade é bem mais complexa. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">As crises variam radicalmente. E para entender essas diferenças, a medicina as divide em dois grupos principais: as que começam em todo o cérebro de uma vez e as que surgem em regiões específicas. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Essa classificação não é só técnica — ela influencia desde a </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/relato-fabio-almeida-crises-convulsivas/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">percepção do paciente</span></a><span style="font-weight: 400;"> até as escolhas terapêuticas. </span><b></b></p>
<h3><b>1. Crises convulsivas generalizadas </b></h3>
<p><span style="font-weight: 400;">Imagine um curto-circuito elétrico que atinge todo o cérebro simultaneamente. É assim que uma crise convulsiva generalizada se inicia. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A descarga anormal afeta os dois hemisférios cerebrais desde o primeiro momento, gerando sintomas que envolvem o corpo inteiro. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Esse tipo de crise costuma vir acompanhado de perda de consciência, mas nem todas as manifestações são tão óbvias quanto parece. Dentro desta categoria, podemos dividir as crises convulsivas em:</span></p>
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/crise-de-ausencia/" target="_blank" rel="noopener"><b>Crise de ausência</b></a><b>:</b><span style="font-weight: 400;"> Mais comum em crianças, parece um “apagão” momentâneo. A pessoa para de falar ou se mover, fixa o olhar no vazio e não reage a chamados. Dura poucos segundos, mas pode ocorrer dezenas de vezes ao dia;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Crise tônico-clônica:</b><span style="font-weight: 400;"> É o tipo mais conhecido. Começa com o corpo travando em rigidez (fase tônica), seguida por abalos incontroláveis (fase clônica). A respiração fica irregular, e é comum haver salivação excessiva ou mordedura da língua;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Crise mioclônica: </b><span style="font-weight: 400;">São espasmos rápidos, como se um músculo levasse um susto. Pode ser um tremor nos braços ao acordar ou uma perna que dá um chute involuntário. Apesar de breves, esses movimentos podem derrubar objetos ou a própria pessoa;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Crise atônica: </b><span style="font-weight: 400;">Também chamada de crise de queda, acontece quando os músculos perdem a força de repente. A pessoa desaba no chão, como se tivesse desligado, mas sem convulsões visíveis. É especialmente perigosa por conta do risco de traumatismos. </span></li>
</ul>
<h3><b>2. Crises focais (ou parciais) </b></h3>
<p><span style="font-weight: 400;">Aqui, a crise convulsiva começa em um </span><a href="https://neuroedor.com.br/medicina-de-dor/tipos-de-convulsao/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">ponto específico do cérebro</span></a><span style="font-weight: 400;">. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Os sintomas dependem da área envolvida: se for uma região ligada aos movimentos, o braço pode tremer. Se for uma zona relacionada às emoções, surge uma sensação súbita de medo. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em cerca de 40% dos casos, </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/epilepsia-focal/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">essa atividade localizada</span></a><span style="font-weight: 400;"> pode se espalhar e virar uma crise generalizada secundária. Também há classificação entre as crises focais:</span></p>
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Crises motoras:</b><span style="font-weight: 400;"> Manifestam-se por movimentos involuntários. Um dedo que começa a se contrair ritmicamente, a cabeça que vira para um lado repetidamente ou até uma perna que se estica sem controle;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Crises não motoras: </b><span style="font-weight: 400;">São mais sutis e difíceis de identificar. Alucinações — como ouvir vozes que não existem ou sentir um gosto metálico na boca — são comuns. Outras vezes, a pessoa tem uma sensação de déjà vu intenso ou um vazio no estômago que não tem explicação lógica.</span></li>
</ul>
<p><span style="font-weight: 400;">A compreensão desses tipos não é só acadêmica. Saber diferenciá-los ajuda a investigar causas específicas, como lesões cerebrais localizadas ou desequilíbrios metabólicos.</span></p>
<h3><b>3. Crises de causa desconhecida </b></h3>
<p><img loading="lazy" decoding="async" class="alignnone size-full wp-image-62014" src="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/sintomas-da-crise-convulsiva.jpg" alt="sintomas da crise convulsiva" width="800" height="533" srcset="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/sintomas-da-crise-convulsiva.jpg 800w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/sintomas-da-crise-convulsiva-300x200.jpg 300w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/sintomas-da-crise-convulsiva-768x512.jpg 768w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/sintomas-da-crise-convulsiva-50x33.jpg 50w" sizes="(max-width: 800px) 100vw, 800px" /></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Nem toda crise convulsiva se encaixa facilmente nas categorias de início focal ou generalizado. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em alguns casos, a falta de informações sobre o momento exato em que a atividade elétrica anormal começa leva os médicos a classificá-la como “de início desconhecido”. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Com o avanço da investigação, muitas dessas crises são posteriormente reclassificadas. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">As crises de início desconhecido podem se manifestar de duas formas: </span></p>
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Motoras:</b><span style="font-weight: 400;"> Envolvem movimentos anormais, mas sem padrão claro que indique a região cerebral afetada;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Não motoras: </b><span style="font-weight: 400;">Caracterizadas por alterações comportamentais ou sensoriais, sem atividade muscular evidente;</span></li>
</ul>
<p><span style="font-weight: 400;">O monitoramento por vídeo-EEG é essencial nesses casos. Esse exame combina a gravação cerebral contínua com imagens em tempo real, capturando o exato momento da crise convulsiva. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Muitas vezes, ele revela pistas sutis — como uma leve alteração em um hemisfério cerebral — que permitem reclassificar a crise. </span><b></b></p>
<h3><b>4. Crises convulsivas emocionais </b></h3>
<p><span style="font-weight: 400;">A relação entre emoções e crise convulsiva é mais complexa do que parece. Por um lado, fatores emocionais como estresse, ansiedade ou sustos podem desencadear crises em </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/epilepsia/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">pessoas com epilepsia</span></a><span style="font-weight: 400;">. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Por outro, existem eventos chamados crises psicogênicas não epilépticas (PNES), que simulam uma crise convulsiva, mas não têm origem em atividade elétrica cerebral anormal. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Esses episódios estão ligados a conflitos psicológicos ou traumas não resolvidos, e são frequentemente </span><a href="https://sanarmed.com/resumo-de-convulsao-epidemiologia-fisiopatologia-diagnostico-e-tratamento/"><span style="font-weight: 400;">confundidos com epilepsia</span></a><span style="font-weight: 400;">. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em crises epilépticas desencadeadas por emoções, a descarga elétrica anormal ocorre em regiões cerebrais conectadas ao processamento emocional, como a amígdala ou o córtex pré-frontal. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Por exemplo, uma crise convulsiva pode ser precedida por uma sensação avassaladora de medo ou euforia. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Já nas PNES, os sintomas — como tremores descoordenados, movimentos de pedalar com as pernas ou choro durante o episódio — não correspondem aos padrões elétricos típicos da epilepsia. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Pacientes com PNES podem passar anos recebendo tratamento antiepiléptico sem resultados, até que um vídeo-eletroencefalograma revele a ausência de alterações elétricas durante a crise convulsiva. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Por outro lado, </span><a href="https://drluizfernandoneuro.com.br/convulsao-epilepsia/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">quem tem epilepsia</span></a><span style="font-weight: 400;"> sensível a emoções precisa aprender a gerenciar gatilhos, como situações de alto estresse, para reduzir a frequência dos episódios. </span></p>
<h2><b>Como é feito o diagnóstico e acompanhamento da crise convulsiva? </b></h2>
<p><img loading="lazy" decoding="async" class="alignnone size-full wp-image-62010" src="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-como-identificar.jpg" alt="crise convulsiva como identificar" width="800" height="533" srcset="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-como-identificar.jpg 800w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-como-identificar-300x200.jpg 300w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-como-identificar-768x512.jpg 768w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-como-identificar-50x33.jpg 50w" sizes="(max-width: 800px) 100vw, 800px" /></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O diagnóstico da crise convulsiva começa através de uma anamnese detalhada com a pessoa e testemunhas do episódio. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Perguntas como “O que a pessoa estava fazendo antes da crise?” ou “Quanto tempo duraram os sintomas?” ajudam a diferenciar entre </span><a href="https://telemedicinamorsch.com.br/blog/tipos-de-convulsao?srsltid=AfmBOorho0-AfrZym_oS8-7L9GFJeDo9TzYhBTJTyhpo8KTNbxSTEe7f" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">tipos de crises</span></a><span style="font-weight: 400;"> e possíveis gatilhos. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em seguida, o médico solicita exames complementares. O eletroencefalograma (EEG) é o mais comum: ele registra a atividade elétrica cerebral e pode detectar padrões sugestivos de epilepsia, mesmo entre as crises. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em casos complexos, o vídeo-EEG monitora o paciente por horas ou dias, captando simultaneamente imagens e registros cerebrais durante uma crise convulsiva. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Esse método é útil para distinguir crises epilépticas de </span><a href="https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/transtornos-convulsivos/transtornos-convulsivos" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">eventos não epilépticos</span></a><span style="font-weight: 400;">, como desmaios ou ataques de pânico. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Exames de imagem, como ressonância magnética, buscam lesões estruturais — tumores, cicatrizes pós-trauma ou malformações vasculares — que possam explicar as crises. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Já os testes genéticos ganham espaço em casos de suspeita de predisposição hereditária. </span></p>
<h2><b>Quais os tratamentos para crise convulsiva? </b></h2>
<p><span style="font-weight: 400;">O manejo de uma crise convulsiva não se resume a controlar os sintomas no momento do episódio. O objetivo central é reduzir a frequência e a intensidade das crises, melhorando a </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/relato-emanuelle-sindrome-doose/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">qualidade de vida do paciente</span></a><span style="font-weight: 400;">. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Para isso, o tratamento precisa ser personalizado com base na idade, tipo de crise, causas subjacentes e condições de saúde coexistentes no paciente. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em alguns casos, como crises isoladas por febre alta em crianças, nenhuma intervenção prolongada é necessária. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A ideia de “cura” para crises convulsivas depende da causa. Quando há uma lesão cerebral removível, como um cisto ou tumor, a cirurgia pode eliminar completamente os episódios. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Já na epilepsia idiopática (sem causa identificável), o foco é o controle a longo prazo. Cabe destacar que até 70% das pessoas com epilepsia alcançam bom controle com medicação adequada.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Contudo, a adesão ao tratamento é crítica: interromper medicamentos abruptamente pode desencadear crises graves. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O tratamento também engloba um </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/dia-roxo-na-paulista/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">plano de prevenção</span></a><span style="font-weight: 400;"> de complicações. Crises convulsivas recorrentes não tratadas podem levar a danos neuronais progressivos, além de aumentar riscos de acidentes durante os episódios. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Por isso, estratégias complementares — como ajustes na dieta, gerenciamento do estresse e evitar gatilhos conhecidos (luzes piscantes, privação de sono) — são integradas ao plano terapêutico. </span></p>
<h3><b>Medicamentos anticonvulsivantes </b></h3>
<p><span style="font-weight: 400;">Os </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/anticonvulsivantes/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">anticonvulsivantes são a base do tratamento</span></a><span style="font-weight: 400;"> farmacológico para crise convulsiva. Eles atuam modulando a atividade elétrica cerebral, seja inibindo a excitação excessiva dos neurônios, seja reforçando mecanismos de inibição. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Cada classe de medicamento tem um alvo específico: alguns bloqueiam canais de sódio, impedindo que os neurônios disparem sinais descontrolados; outros aumentam a ação do GABA, neurotransmissor que “acalma” o cérebro. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Os benefícios variam conforme o tipo de crise. Por exemplo, o ácido valproico é eficaz em crises generalizadas, enquanto a carbamazepina é preferida para focais. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A escolha considera também o perfil de efeitos colaterais: sonolência, tontura e ganho de peso são comuns, mas alguns medicamentos podem causar reações mais sérias, como erupções cutâneas ou danos hepáticos. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Por isso, exames de sangue periódicos são recomendados para monitorar a segurança do tratamento. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A lista de anticonvulsivantes prescritos normalmente inclui: </span></p>
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Lamotrigina:</b><span style="font-weight: 400;"> Usada em crises focais e generalizadas; efeitos colaterais incluem tontura e erupções cutâneas;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Levetiracetam:</b><span style="font-weight: 400;"> Popular por sua tolerabilidade; pode causar irritabilidade ou fadiga;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Fenitoína:</b><span style="font-weight: 400;"> Eficaz em emergências; risco de gengivite e osteoporose com uso prolongado;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Topiramato:</b><span style="font-weight: 400;"> Também usado para enxaqueca; associado a perda de apetite e formigamentos;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><b>Oxcarbazepina:</b><span style="font-weight: 400;"> Similar à carbamazepina, mas com menos interações medicamentosas. </span></li>
</ul>
<p><span style="font-weight: 400;">Ajustar a dose é um processo gradual. Inicia-se com quantidades baixas, aumentando conforme a resposta. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Em cerca de 30% dos casos, as crises convulsivas são resistentes a múltiplos medicamentos, exigindo combinações ou alternativas não farmacológicas. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Mesmo assim, o avanço de novas terapias — como Canabidiol para síndromes epilépticas raras — amplia as opções para quem não responde aos tratamentos tradicionais.</span></p>
<h3><b>Mudanças no estilo de vida e rotina como apoio </b></h3>
<p><span style="font-weight: 400;">Quem convive com crise convulsiva sabe que os medicamentos são apenas parte da equação. O dia a dia esconde gatilhos que, se bem gerenciados, podem reduzir a imprevisibilidade dos episódios. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Um dos primeiros pontos a serem ajustados é o sono. Dormir mal ou em horários desregrados altera o equilíbrio elétrico do cérebro, aumentando a predisposição a descargas anormais. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Estabelecer uma rotina noturna — como evitar telas antes de dormir ou criar um ambiente escuro e silencioso — ajuda a regular ciclos circadianos, diminuindo o risco de crise convulsiva. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A alimentação também está intimamente ligada à melhora do quadro. Para algumas pessoas, principalmente crianças com </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/dia-da-epilepsia/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">formas graves de epilepsia</span></a><span style="font-weight: 400;">, a dieta cetogênica se mostra eficaz. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Rica em gorduras e pobre em carboidratos, ela força o corpo a produzir corpos cetônicos, moléculas que fornecem energia ao cérebro sem estimular excessivamente os neurônios. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Estudos indicam que até 40% dos pacientes nesse regime têm redução na frequência de crises convulsivas. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Mesmo quem não adere à cetogênica pode se beneficiar de refeições balanceadas, evitando açúcares refinados que causam picos glicêmicos e irritabilidade neural. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O estresse é outro fator que não pode ser subestimado. Ansiedade crônica ou sustos repentinos elevam os níveis de cortisol, hormônio que, em excesso, torna o cérebro mais suscetível à </span><a href="https://inisp.com.br/crise-convulsiva-o-que-fazer" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">atividade elétrica descontrolada</span></a><span style="font-weight: 400;">. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Técnicas como respiração diafragmática, mindfulness ou até atividades manuais (pintura, jardinagem) ajudam a modular essa resposta. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Exercícios físicos regulares, por sua vez, melhoram a oxigenação cerebral e liberam endorfinas, substâncias que atuam como protetores neuronais. </span></p>
<h3><b>Uso de CBD e terapias complementares </b></h3>
<p><img loading="lazy" decoding="async" class="alignnone size-full wp-image-62013" src="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-tratamento-com-cbd.jpg" alt="crise convulsiva tratamento com cbd" width="800" height="450" srcset="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-tratamento-com-cbd.jpg 800w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-tratamento-com-cbd-300x169.jpg 300w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-tratamento-com-cbd-768x432.jpg 768w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-tratamento-com-cbd-50x28.jpg 50w" sizes="(max-width: 800px) 100vw, 800px" /></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O Canabidiol (CBD) é outra forma de tratar uma crise convulsiva, especialmente quando os medicamentos convencionais falham. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Este canabinoide não causa efeitos psicoativos, mas interage com receptores do sistema endocanabinoide, envolvido na modulação da excitabilidade neuronal. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Essa ação parece estabilizar a comunicação entre células nervosas, reduzindo a probabilidade de crise convulsiva. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Além do CBD, terapias como neurofeedback e estimulação magnética transcraniana ganham espaço. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O neurofeedback, por exemplo, treina o paciente a reconhecer padrões cerebrais associados a pré-crises. Já a estimulação magnética atua em áreas específicas do córtex, inibindo focos epilépticos. </span></p>
<p><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/terapia-combinada/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">Essas abordagens complementares</span></a><span style="font-weight: 400;"> não substituem anticonvulsivantes, mas funcionam como camadas adicionais de controle, especialmente para quem não tolera altas doses de medicamentos. </span></p>
<h2><b>Canabidiol no tratamento de crises convulsivas: o que dizem os estudos </b></h2>
<p><span style="font-weight: 400;">E por falar em Canabidiol como parte das terapias para crises convulsivas, um </span><a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37243404/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">estudo de 2023</span></a><span style="font-weight: 400;"> trouxe dados promissores sobre o uso prolongado de CBD em epilepsias resistentes. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O trabalho analisou 892 pacientes do Programa de Acesso Expandido (EAP) dos EUA, tratados com Epidiolex (CBD isolado) por até 144 semanas. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O composto foi capaz de levar a </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/estudo-brasileiro-cbd-epilepsia-refrataria/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">uma redução na frequência</span></a><span style="font-weight: 400;"> das crises convulsivas, que variou entre 46% (crises tônico-clônicas) e 100% (espasmos epilépticos). </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Para crises não convulsivas, como ausências e episódios mioclônicos, a queda foi igualmente expressiva: 50% a 100%. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Metade dos participantes atingiu redução mínima de 50% em todos os tipos de crise convulsivas. Esses números são relevantes porque incluem pacientes que já haviam falhado, em média, com quatro anticonvulsivantes anteriores. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O estudo também destacou a </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/cbd-clobazam-epilepsias-dificil-controle/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">segurança do CBD</span></a><span style="font-weight: 400;"> em uso prolongado. Efeitos adversos como diarreia (31% dos casos) e sonolência (24%) foram os mais comuns, mas apenas 6% dos pacientes interromperam o tratamento. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Não houve registro de toxicidade hepática significativa, um risco associado a outros anticonvulsivantes. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Para neurologistas, esses dados reforçam que o CBD é uma opção viável mesmo em casos complexos, como síndromes de Lennox-Gastaut ou Dravet, onde múltiplos tipos de crise convulsiva coexistem. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A pesquisa também sugere que o </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/efeitos-do-cbd/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">efeito do Canabidiol</span></a><span style="font-weight: 400;"> pode ser cumulativo: pacientes que não respondem nas primeiras semanas podem apresentar melhoras após ajustes na dosagem ou combinações com outras terapias. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Apesar do otimismo, os autores ressaltam a necessidade de mais estudos para confirmar esses achados. Enquanto isso, o acesso ao medicamento continua a se expandir, sendo uma nova esperança no </span><a href="https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais-da-medula-espinal-e-dos-nervos/transtornos-convulsivos/transtornos-convulsivos" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">manejo de epilepsias refratárias</span></a><span style="font-weight: 400;">.</span></p>
<h3><b>Como o CBD atua no controle das crises convulsivas? </b></h3>
<p><img loading="lazy" decoding="async" class="alignnone size-full wp-image-62008" src="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-cbd.jpg" alt="crise convulsiva cbd" width="800" height="533" srcset="https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-cbd.jpg 800w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-cbd-300x200.jpg 300w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-cbd-768x512.jpg 768w, https://www.cannabisesaude.com.br/wp-content/uploads/2025/05/crise-convulsiva-cbd-50x33.jpg 50w" sizes="(max-width: 800px) 100vw, 800px" /></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A maioria dos benefícios que o Canabidiol promove são resultados de sua interação com o sistema endocanabinoide, uma rede de sinalização que regula funções como humor, dor e excitabilidade neuronal. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Dois receptores são centrais nesse processo: o CB1, predominante no cérebro, e o CB2, mais presente em células imunológicas. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">O CBD não se liga diretamente a esses receptores, mas modula sua atividade, influenciando indiretamente a liberação de GABA (inibitório) e glutamato (excitatório). </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Um dos mecanismos que sustentam o uso de Canabidiol para crises convulsivas é a inibição da recaptação de adenosina, um neurotransmissor com efeitos anticonvulsivantes. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Por aumentar a disponibilidade de adenosina, o CBD reduz a hiperexcitabilidade cerebral. Ele também bloqueia canais de sódio e cálcio, impedindo que neurônios disparem </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/relato-emanuelle-sindrome-doose/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">sinais elétricos descontrolados</span></a><span style="font-weight: 400;">. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Estudos recentes sugerem que o CBD ainda reduz a neuroinflamação, um fator que pode piorar a predisposição a crises convulsivas. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Essa combinação de ações explica por que o CBD pode ser eficiente no controle de convulsões mesmo em casos resistentes a fármacos convencionais. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Mas para iniciar uma terapia com canabinoides, o primeiro passo é avaliar critérios como tipo de crise convulsiva, histórico de tratamentos falhos e interações medicamentosas. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A plataforma Cannabis & Saúde facilita o processo de agendamento de consultas com neurologistas experientes em terapias canabinoides. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Esses profissionais analisam prontuários, exames e características individuais para determinar a elegibilidade ao tratamento, sempre dentro das diretrizes médicas e legais. Ficou interessado? </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/agende-a-sua-consulta/?_gl=1*1jlsc02*_gcl_au*NjM0NzM0NS4xNzQ2NTkzMzMw*_ga*ODc3NDE5ODQxLjE3MDY0NTAyOTU.*_ga_QKGPDC3SCE*czE3NDY1OTMzMzAkbzUxMyRnMSR0MTc0NjU5MzM4NyRqMyRsMCRoMA.." target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">Clique aqui e agende já!</span></a></p>
<h2><b>Conclusão </b></h2>
<p><span style="font-weight: 400;">Viver com crise convulsiva é lidar diariamente com a imprevisibilidade, mas também com a certeza de que a ciência avança para oferecer respostas mais precisas sobre o manejo da condição. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Contudo, o que define o sucesso no controle das convulsões é a personalização: entender que uma dieta, um ajuste de dose ou uma abordagem complementar, como o CBD, podem fazer a diferença. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Então, continue se informando a respeito do uso do Canabidiol para crises convulsivas em nosso acervo de conteúdo.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Aqui, você encontra análises detalhadas sobre tratamentos com Cannabis, direitos de pacientes e </span><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/canabidiol-antes-e-depois/" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">histórias de quem transformou o manejo da epilepsia</span></a><span style="font-weight: 400;"> em uma narrativa de esperança. </span></p>