Cultivo de cannabis no Brasil: regulamentação urgente e benéfica
- Redação

A coordenadora do Centro de Referência sobre Drogas e Vulnerabilidades Associadas da Universidade de Brasília (UnB), professora Andrea Galassi, ressaltou a importância urgente da regulamentação do cultivo nacional de cannabis para garantir medicamentos de qualidade e ampliar o acesso aos pacientes. Durante o evento "A Política Nacional sobre Drogas: Um Novo Paradigma", em Brasília (DF), promovido pelo Brasil 247, TV 247 e Consultor Jurídico, com apoio do grupo Prerrogativas, Galassi enfatizou que a falta de produção local torna o Brasil dependente da importação, encarecendo tratamentos e dificultando a regulação da qualidade dos produtos. Ela também destacou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que exige uma normativa para o plantio e acesso ao uso medicinal da cannabis, impondo responsabilidades ao governo.
A regulamentação do cultivo da cannabis no Brasil não apenas impacta a saúde, mas também representa uma oportunidade econômica significativa. Estudos indicam que o setor pode movimentar bilhões de reais nos próximos anos, com impacto direto na indústria farmacêutica, no agronegócio e na geração de empregos. O desenvolvimento de uma cadeia produtiva nacional não só reduziria custos, mas também impulsionaria a pesquisa e a inovação, permitindo adaptações ao clima e solo brasileiros.
Especialistas afirmam que a regulamentação do cultivo de cannabis no Brasil traria ganhos ambientais e sociais, ajudando na recuperação de áreas degradadas, consumindo menos água e contribuindo para a captura de carbono da atmosfera. Além disso, estimularia o desenvolvimento de comunidades agrícolas e fortaleceria cadeias produtivas sustentáveis. Apesar dos avanços, desafios políticos e burocráticos ainda precisam ser superados para a efetivação da regulamentação. O Brasil tem a oportunidade de se destacar na produção e pesquisa da cannabis medicinal na América Latina, sendo fundamental que a regulamentação ocorra de forma rápida, eficiente e inclusiva, beneficiando pacientes, associações canábicas, pesquisadores, agricultores e a economia como um todo.
Fonte: Sechat.
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