De onde surge o limite de THC de 0,3% no cânhamo?

  • Redação
Atualizado: 23 abril, 2025 18:39
O nível de 0,3% de THC é o divisor entre o cânhamo e a cannabis em muitos países. Mas qual é a origem desse número?
news logo
O limite de THC na cannabis – tetrahidrocanabinol – para o cânhamo foi originalmente estabelecido em 0,5% em 1984 e, em 1987, foi reduzido para 0,3% com base em um estudo amplamente reconhecido denominado A Practical and Natural Taxonomy of Cannabis.
Esse estudo, realizado pelos fitólogos americanos Ernest Small e Arthur Cronquist em 1976 em nome da Associação Internacional de Taxonomia Vegetal (IAPT), definiu de forma arbitrária que 0,3% de THC é a fronteira que distingue a Cannabis sativa (cânhamo industrial) da Cannabis indica (maconha).
A Europa liderou essa mudança, que acabou sendo adotada por outros países, incluindo o Canadá e, posteriormente, os EUA, com a reativação da indústria no país pela US Farm Bill.

Redução para 0,2%

No final do século passado, quando o cânhamo retornou à Europa, houve uma redução adicional no teor de THC permitido, de 0,3% para 0,2%, sem uma explicação clara.
A França se destacou nesse cenário, sendo pioneira no desenvolvimento de variedades de cânhamo com baixo teor de THC, alimentando indústrias locais.
O limite de THC para o cânhamo industrial passou primeiro de 0,5% para 0,3% e depois para 0,2%, com implicações para os produtores europeus, que precisaram se adequar às diretrizes da UE.

Regras variadas em países diferentes

Em 2021, seguindo pressões de diversos setores, o teor de THC no cânhamo voltou a ser fixado em 0,3% em alguns países europeus para receber subsídios.
Um dos desafios desse limite de 0,3% é a pouca margem para variações naturais que podem levar a cultivos legais ultrapassando esse limite sem gerar efeitos psicotrópicos.
Alguns países europeus, como Itália, Suíça e República Checa, estabeleceram limites diferentes de THC para o cânhamo, buscando um equilíbrio entre a legislação e a viabilidade da indústria.
Fonte: Cannalize.
© 2024 Buscannabis. Todos os direitos reservados.