Entre terapias, afeto e coragem: o que mudou com a Cannabis na vida de Dom

  • Redação
Atualizado: 31 maio, 2025 13:15
<p>Dom tem cinco anos e, como descreve a mãe, é uma criança encantadora, com a compreensão totalmente preservada. As terapeutas confirmam: ele entende tudo. Por muito tempo, não falava. Agora, algumas palavras estão surgindo — letras, números e nomes. A fala dele, ainda não funcional, já começa a ser formada. Cada nova palavra carrega mais do que uma simples combinação de fonemas: é sinal de uma transformação que começou há cerca de dois meses, com o início do tratamento com Cannabis medicinal.</p> <p>A mãe, Dayane, ainda fala sobre tudo com certo cuidado — sem criar falsas expectativas, mas sem esconder o entusiasmo. “<em>O que mudou foi a consciência do Dom”</em>, resume. <em>“É como se ele estivesse mais presente.”</em></p> <h2><strong>Um diagnóstico precoce e uma rotina de cuidados</strong></h2> <p>O <a href="https://www.cannabisesaude.com.br/abril-azul-o-desafio-da-subnotificacao/" target="_blank" rel="noopener">diagnóstico</a> de TEA veio cedo, por volta de um ano e meio. <em>“O pediatra mediu o perímetro cefálico e achou estranho. Fui pesquisar na internet e uma das primeiras coisas que apareceu foi autismo. Saibia pouca coisa ou quase nada a respeito&#8221;, conta a mãe. </em></p> <p>Dom evitava o contato visual, não respondia ao nome e não brincava de forma funcional. A confirmação do diagnóstico veio de uma neuropediatra. “<em>Ela percebeu na hora. Na consulta, já saí com encaminhamento para as terapias.”</em></p> <p>Desde então, a vida da família se organiza em torno do cuidado com o filho. São cinco sessões de terapia por semana — três na clínica multidisciplinar e duas com nutricionista. Isso porque, além do atraso na fala, Dom tem uma seletividade alimentar severa.</p> <p><em>“Ele come só algumas coisas: batata, biscoito de polvilho, pastel de queijo, sucos de caixinha. É muito limitado. Já faz mais de dois anos assim. Nossa maior preocupação é que ele coma melhor e fale de forma funcional.”</em></p> <p>Dom ainda faz uso da risperidona, medicação indicada para crianças com TEA, especialmente em casos de agitação intensa. “<em>Ele subia em tudo, não parava. O remédio ajudou a acalmar, mas eu percebi que ele não evoluía. Ficava mais tranquilo, mas sem avanço no desenvolvimento.”</em></p> <p>A mãe notou que, embora a risperidona tivesse um efeito calmante, ela não promovia os avanços desejados nas habilidades sociais e cognitivas de Dom, o que a levou a buscar alternativas.</p> <p>Dayane já conhecia, ainda que de longe, os<a href="https://www.cannabisesaude.com.br/relato-paciente-tea-eduardo/" target="_blank" rel="noopener"> relatos sobre Cannabis medicinal</a>. Mas a dificuldade de acesso e o desconhecimento mantiveram essa alternativa distante. <em>“Só levei a sério quando conheci a Dra. Carla Mendes, que passou a cuidar do Dom. Ela me explicou com calma e propôs o tratamento.”</em></p> <p>Mesmo com medo, Dayane decidiu começar.</p> <h2>As mudanças que vieram com a Cannabis</h2> <p>A primeira dose foi dada em 20 de março de 2025. As semanas seguintes foram de ajustes, testes de dosagem e observação atenta. <em>&#8220;A resposta dele foi rápida. Em poucos dias, começaram a aparecer mudanças.”</em></p> <p>Dom, que mal vocalizava, começou a falar nomes. Primeiro os da família, depois o da professora. Começou a contar números, falar o abecedário, repetir palavras de forma espontânea.</p> <blockquote><p>&#8220;Eu sempre orava o Pai Nosso com ele, deixando o final para ele falar, mas ele nunca respondia. Eu fiz isso durante meses, sem resposta. Aí, depois que começamos o tratamento com Cannabis, ele começou a falar o finalzinho de cada palavra. Foi o primeiro impacto que tivemos, um momento que me emocionou muito. Depois, ele começou a falar o nome do meu marido, o nome da Rebeca e até o &#8216;mamã&#8217;, que ele já dizia, mas não quando perguntávamos. Foi a primeira vez que vi o resultado do tratamento de forma tão clara. Esse foi, sem dúvida, o primeiro momento que me deu esperança&#8221;</p></blockquote> <h2>Na escola, os sinais também surgiram</h2> <p>Antes, Dom não mostrava interesse em pintar. Mesmo com um lápis nas mãos, ele apenas rabiscava, sem direção ou intenção. Agora, isso mudou.<em> “Do jeitinho dele, mas com vontade”</em>, diz a mãe. Toda semana, a escola manda um livro com atividades para fazer em casa — e Dom passou a participar: rabisca com mais firmeza, tenta colorir figuras, e se envolve na tarefa. “<em>Antes ele não pintava. Hoje ele pinta”</em>, resume. A professora também percebeu a diferença: Dom tem conseguido permanecer mais tempo sentado, concentrado, mais presente na rotina da sala.</p> <p>Antes, qualquer pequena frustração o fazia sair da sala — e muitas vezes era difícil trazê-lo de volta. Agora, quando se desregula, ele próprio encontra formas de se acalmar: caminha um pouco e retorna para a atividade sem que ninguém precise insistir. “<em>A fono também disse que ele está muito mais atento. Antes precisava sair, agora ele volta sozinho para continuar a demanda”,</em> conta a mãe.</p> <h2><strong>A volta à natação — e um novo olhar sobre o filho</strong></h2> <p>Um dos momentos mais emocionantes aconteceu fora da sala de aula ou do consultório. E sim, na piscina. <em>“Ele estava há quase 40 dias sem ir à natação. Quando voltou, parecia outra criança. Estava concentrado, participou das atividades. Fiquei tão surpresa que liguei pro meu marido. Falei: você precisa ver isso.”</em></p> <p>No parque, o mesmo. Pela primeira vez, Dom foi nos brinquedos sozinho. <em>“Antes, eu tinha que acompanhar em tudo. Dessa vez, ele topou até o carrinho de bate-bate e quis ficar lá, por conta própria. Isso nunca tinha acontecido.”</em></p> <p>Pequenos gestos que antes não existiam agora aparecem com frequência. O olhar de Dom, por exemplo, está mais presente. Ele observa mais, sustenta o olhar, parece mais consciente do que acontece à sua volta.<em> “Aqui em casa, cada detalhe é uma conquista. A Cannabis trouxe mais consciência para o Dom. Lugares que antes pareciam desligados agora estão despertando.”</em></p> <h2><strong>O que vem pela frente</strong></h2> <p>Atualmente, Dom segue com a risperidona apenas à noite. Durante o dia, o tratamento é feito exclusivamente com Cannabis. A médica já prepara a introdução de um segundo composto para complementar os efeitos do óleo full spectrum.</p> <p>Dayane está otimista. <em>“O que já aconteceu em 40 dias me dá esperança do que pode vir pela frente. Não é milagre. Mas é real. A gente saiu do ponto zero. Agora é seguir em frente.”</em></p> <p>A expectativa para os próximos meses é clara: que Dom <a href="https://www.cannabisesaude.com.br/cannabis-autismo-comunicacao/" target="_blank" rel="noopener">avance ainda mais na fala</a> e na alimentação. <em>“Ele já mostrou que pode. Falta pouco. Eu espero que ele comece a se expressar de forma funcional e aceite novos alimentos. Isso mudaria tudo.”</em></p> <h2>Uma escolha feita com cuidado — e amor</h2> <p>Escolher a Cannabis não foi fácil. Exigiu pesquisa, mudança de médico, investimento financeiro e coragem para encarar o novo. Mas, para Dayane, foi uma escolha feita com consciência — e com amor.</p> <p>“<em>O tratamento convencional ainda tem seu espaço, mas é preciso abrir os olhos para alternativas com menos efeitos colaterais e mais qualidade de vida. Eu não esperava resultados tão rápidos. Mas eles vieram. E agora, a gente vai seguir tentando tudo o que puder para oferecer o melhor ao nosso filho&#8221;, finaliza. </em></p> <h2><strong>Importante!</strong></h2> <p>Por fim, é importante destacar que, no Brasil, o uso legal da Cannabis medicinal só é autorizado mediante recomendação e prescrição de um profissional de saúde habilitado. Se você está considerando iniciar um tratamento com canabinoides, é indispensável buscar a orientação de um especialista com experiência na área.</p> <p><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/agende-a-sua-consulta/" target="_blank" rel="noopener">Acesse nossa plataforma</a> e agende sua consulta com um dos mais de 300 profissionais qualificados na prescrição de Cannabis medicinal disponíveis para atendimento.</p>
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