Estudo revela caminhos para cepas de cannabis sob medida para pacientes e usuários

  • Redação
Atualizado: 12 julho, 2025 15:39
<p>Uma equipe de cientistas de Québec, no Canadá, parece ter dado um novo passo rumo ao que muitos pacientes, médicos e cultivadores sonham há anos: uma cannabis desenhada sob medida para aliviar dores, acalmar a mente ou potencializar a criatividade.</p><p><br>Publicada recentemente na revista científica The Plant Genome, a pesquisa liderada por estudiosos da Université Laval identificou 33 marcadores genéticos que influenciam diretamente a produção de canabinoides na planta. Parece técnico, e é, mas por trás dos números, sequências e cromossomos, há uma promessa que toca diretamente quem depende da cannabis medicinal para viver com mais dignidade.</p><p><br>“Essa descoberta pode nos permitir, num futuro bem próximo, criar variedades específicas, pensadas para diferentes tipos de tratamento, com mais precisão, menos custos e resultados mais eficazes”, explicam os autores. Na prática, isso significa um salto na forma como a cannabis é cultivada e utilizada, tanto para fins médicos quanto recreativos.</p><p><br>A pesquisa analisou o genoma de 174 plantas de cannabis cultivadas no Canadá, com um olhar atento para os níveis de compostos como THCA, CBDA e CBN, nomes que, para muitos pacientes e seus familiares, já são sinônimos de esperança. O estudo revela, por exemplo, a existência de um “conjunto massivo” de genes em um dos cromossomos, associado a variedades com maior concentração de THC, o canabinoide mais conhecido por seus efeitos psicoativos e terapêuticos.</p><p><br>Mas, além das evidências científicas, há também um contexto simbólico importante. Por décadas, a proibição sufocou a pesquisa sobre a planta, estigmatizando cientistas, pacientes e até agricultores. “Essa nova etapa representa uma ruptura com esse passado. É o início de uma era em que a cannabis pode, enfim, ser tratada com a seriedade e o cuidado que merece”, destaca um dos pesquisadores.</p><p><br>A notícia chega em um momento de efervescência na comunidade científica. Além do estudo canadense, pesquisadores da Coreia do Sul anunciaram recentemente a descoberta de um novo canabinoide, o canabielsoxa, além de outros compostos inéditos extraídos das flores da Cannabis sativa, nome científico da maconha. Embora ainda não tenham apresentado efeitos terapêuticos comprovados, esses achados ampliam as possibilidades e instigam novas linhas de investigação.</p><p><br>Tudo isso acontece enquanto a cannabis ainda enfrenta barreiras políticas, ideológicas e regulatórias em diferentes partes do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, um memorando interno do Instituto Nacional do Câncer colocou a maconha ao lado de temas considerados "controversos", exigindo supervisão prévia antes da divulgação de pesquisas, um reflexo da tensão entre avanços científicos e disputas ideológicas.</p><p><br>Apesar disso, os dados falam mais alto: há vidas sendo transformadas. Cada gene identificado, cada composto isolado, cada nova cepa desenvolvida com mais precisão, representa uma chance a mais para mães como <a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://sechat.com.br/noticia/o-milagre-de-nieli-uma-historia-de-renascimento-com-a-forca-da-cannabis">Nilceia Bosso, que viu sua filha Nielli voltar a sorrir com a ajuda do óleo de cannabis</a>. Ou para <a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://sechat.com.br/noticia/silvestres-sensiveis-e-medicados-com-amor-a-cannabis-no-cuidado-de-animais-exoticos">tutores de animais exóticos, como Morgana, a jiboia, que voltou a se alimentar após tratamento com canabinoides</a>.<br>&nbsp;</p><p>Ao que tudo indica, a ciência está apenas começando a decifrar o que povos originários e culturas tradicionais já intuíram há séculos: a cannabis é uma planta complexa, potente e generosa.<br>&nbsp;</p><p><i>Com informações de </i><a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://www.marijuanamoment.net/"><i>Marijuana Moment.</i></a></p>
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