Janeiro Branco: Burnout considerado doença do trabalho pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde atualizou a relação de doenças ligadas ao trabalho. Inclui agora 165 novos diagnósticos que podem surgir devido a questões na rotina de trabalho. A lista é voltada a todos os trabalhadores, independentemente da área ou do tipo de emprego, seja formal ou informal.

Dentre os CIDs listados, estão doenças com causas como exposição diária, como a Covid-19, e outras relacionadas à saúde mental, como a Síndrome de Burnout.

O documento também destaca os fatores que podem estar por trás desses diagnósticos. No caso do Burnout, a doença pode surgir de situações estressantes, como gestão organizacional, assédio moral, jornada de trabalho extenuante, discriminação, risco de morte ou trauma laboral.

O Ministério da Saúde aponta que as mudanças na lista vão contribuir para criação de medidas que visem ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.

A Síndrome de Burnout, também conhecida como Esgotamento, é um estado psicológico provocado pela exaustão total e falta de energia em relação ao trabalho.

Os sintomas físicos mais comuns, conforme o Ministério da Saúde, incluem cansaço excessivo, dores de cabeça, alterações no apetite, insônia, fadiga, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais e alterações nos batimentos cardíacos.

Por serem sinais leves, é comum pensar que são passageiros. No entanto, é fundamental buscar apoio de um psiquiatra ou psicólogo para evitar complicações e problemas mais sérios.

O tratamento da Síndrome de Burnout envolve principalmente psicoterapia, podendo incluir também antidepressivos e/ou ansiolíticos. Em alguns casos, esses medicamentos podem ser trocados por produtos de cannabis sob orientação médica.

Um estudo conduzido pela USP de Ribeirão Preto/SP mostrou que a cannabis foi eficaz no tratamento da Síndrome. Os testes foram realizados em profissionais do Hospital das Clínicas da USP que atuaram na linha de frente contra a COVID-19 e publicados no periódico científico Jama (Journal of the American Medical Association).

A melhora dos sintomas de depressão e ansiedade foi de 25%, conforme avaliação autoaplicada e também por uma equipe externa ao estudo.

No entanto, são necessárias mais pesquisas para confirmar a eficácia da cannabis no tratamento do Burnout.

Fonte: Cannalize.