Leucemia: será que cannabis pode auxiliar no tratamento?

Leucemia: a cannabis pode ajudar no tratamento?

Entramos no pouco conhecido fevereiro laranja, mês dedicado à conscientização sobre a leucemia, o câncer mais comum em pacientes jovens. A leucemia representa cerca de 1% dos casos de câncer, com uma estimativa de 11 mil novos casos entre 2023 e 2025, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Essa doença de baixa incidência apresenta uma alta taxa de letalidade, com 40% das pessoas diagnosticadas correndo risco de morte, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer.

A leucemia é um tipo de câncer que resulta na produção desordenada dos glóbulos brancos, as células de defesa do organismo, de acordo com a especialista em cannabis medicinal, a Dra. Danielle Rabelo Gonzalez.

Essa superprodução leva a sintomas como febre, fraqueza, sangramentos, dores e perda de peso, causados pelo acúmulo dessas células na medula óssea.

Existem 12 subtipos dessa condição, sendo os principais a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC), Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e Leucemia Linfoide Crônica (LLC).

O tratamento da leucemia envolve principalmente a quimioterapia, que tem como objetivo destruir as células cancerígenas na medula óssea para permitir a produção normal de células.

Em alguns casos, pode ser necessário o uso de outros medicamentos ou até mesmo um transplante de medula óssea, dependendo do tipo de leucemia e da progressão da doença.

A cannabis pode ser uma alternativa complementar no tratamento da leucemia, principalmente no auxílio aos efeitos colaterais da quimioterapia, como náuseas, falta de apetite e dores, conforme explicado pela Dra. Danielle Rabelo Gonzalez.

Estudos demonstram que a cannabis pode melhorar sintomas como fadiga, perda de peso e anorexia observados em pacientes com câncer, bem como melhorar a qualidade do sono e função cognitiva.

A cannabis pode ser recomendada para diversos pacientes, exceto gestantes e lactantes, desde que acompanhada por um profissional de saúde para determinar o melhor tratamento e dosagem.

Embora auxilie na redução de sintomas, produtos à base de cannabis também podem apresentar efeitos colaterais, que variam de acordo com a substância utilizada, como o CBD e o THC.

Contudo, sob orientação médica, os efeitos colaterais podem ser minimizados ou até mesmo evitados.

Produtos à base de cannabis devem ser prescritos por um profissional habilitado, que indicará o tratamento adequado para cada caso. Fonte: Cannalize.