Manipulação da Cannabis de uso medicinal: cenário jurídico, regulatório, político e social

  • Redação
Atualizado: 21 fevereiro, 2025 22:42
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<p>Essa questão, apesar de parecer simples do ponto de vista legal, envolve questões mais amplas e profundas, representando um retrocesso político em relação ao acesso e garantia de direitos sociais e à saúde. A limitação regulatória e legislativa é colocada em destaque de forma abrangente.</p> <p>O STF discute desde 2024 se a Anvisa pode proibir a venda de produtos à base de Cannabis por farmácias de manipulação. A aplicação do Sistema de Repercussão Geral, decidida pela maioria dos ministros, estabelece limites constitucionais e legais para esse impedimento, reconhecendo a relevância do tema para todos os processos relacionados ao assunto em todas as instâncias da Justiça.</p> <p>A complexidade do caso teve início em São Paulo, onde uma empresa questionou a resolução da Anvisa por violar princípios constitucionais, como legalidade, liberdade econômica e livre mercado. A ausência de base legal para a diferenciação entre farmácias de manipulação e farmácias/drogarias foi debatida, argumentando que a regulamentação da Anvisa excedeu os poderes conferidos às autoridades sanitárias.</p> <p>Após decisões favoráveis em instâncias anteriores, o município de São Paulo apelou ao STF, alegando risco à saúde pública e defendendo que o tema exige rigor técnico por especialistas médicos.</p> <p>O Ministro Relator, Alexandre de Moraes, destaca a necessidade da atuação da Corte diante das divergências de decisões nos estados e ressalta a densidade constitucional do assunto, que ultrapassa os interesses das partes envolvidas, abordando o poder regulamentar das agências e o direito à saúde. A controvérsia tem potencial para gerar inúmeras demandas semelhantes.</p> <p>A manipulação da Cannabis medicinal em farmácias é um processo complexo que demanda conhecimento e habilidades específicas para assegurar a qualidade e segurança do produto, indo além da liberdade econômica.</p> <p>É relevante destacar que a Cannabis possui mais de 400 compostos químicos, incluindo canabinoides, terpenos e flavonoides, o que adiciona complexidade à sua manipulação e interação com outros compostos químicos.</p> <p>Alguns dos desafios incluem a variabilidade da composição química, a instabilidade dos canabinoides, as interações com outros compostos e a dificuldade de padronização. A manipulação requer cuidados desde a seleção da cepa até o controle de qualidade do produto final.</p> <p>A qualidade e segurança do produto manipulado são essenciais, exigindo padrões rigorosos para evitar riscos e garantir a eficácia terapêutica. A escolha entre Cannabis sintética e natural deve considerar as necessidades do paciente e a orientação médica, devido às diferenças de composição e efeitos colaterais.</p> <p>A ampliação do acesso à Cannabis medicinal é um desafio relevante, beneficiando diversas condições médicas. A personalização do tratamento contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, mesmo diante de desafios políticos e burocráticos. A busca pela segurança e eficácia no acesso à Cannabis medicinal é fundamental para garantir o direito à saúde de forma segura e eficiente.</p> <p>Fonte: Cannabis e Saúde.</p>
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