O mercado brasileiro: é sustentável o modelo atual de importação de cannabis medicinal?
Redação
Atualizado: 02 maio, 2025 00:47
<p>Ainda enfrentando obstáculos significativos, o modelo atual de importação de cannabis medicinal no Brasil, apesar da evolução normativa pela RDC nº 660/2022 da Anvisa, levanta questionamentos sobre sua sustentabilidade a longo prazo.</p>
<p>A Anvisa autorizou a entrada de 136.754 produtos de cannabis no Brasil em 2023, um aumento de 15.900% em relação a 2015, estabelecendo critérios para importação por pessoas físicas mediante prescrição médica.</p>
<p>Daiane Zappe, diretora da Revivid Brasil, ressalta que o modelo atual, embora importante, não se sustenta no longo prazo. Ela destaca a desburocratização do acesso individual ao tratamento com cannabis, mas aponta desafios persistentes na construção de um mercado nacional robusto.</p>
<p>Sandro Nogueira, diretor executivo da Memphis Courier, observa que a burocracia e os custos logísticos limitam o acesso de pacientes com menor poder aquisitivo, apontando a necessidade de melhoria nos trâmites entre Anvisa e Receita Federal.</p>
<p>O debate sobre o modelo continua, com a Anvisa iniciando o processo de revisão da RDC 660/2022 em junho de 2025, abrindo novas possibilidades para a importação de produtos à base de cannabis.</p>
<p>A diversificação da origem dos produtos enfrenta entraves regulatórios, mas com otimização dos processos, o Brasil pode ampliar sua matriz de fornecimento, destacando a centralidade da cannabis medicinal no atual sistema de importações terapêuticas.</p>