‘Paciente relata que a cannabis medicinal trouxe resultados rápidos’

  • Redação
Atualizado: 11 abril, 2025 02:21
O tratamento que deu certo e sem efeitos colaterais foi a cannabis. Encontrar um médico para prescrever foi o maior desafio
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‘Os resultados vieram de forma rápida’, diz paciente sobre a cannabis medicinal
Erick Aguiar, de 42 anos, funcionário público, começou a sofrer de insônia algum tempo atrás. Com problemas para dormir e sintomas desconfortáveis, ele tentou diferentes medicamentos sem sucesso. 
Além disso, Aguiar estava preocupado com os efeitos colaterais dos remédios convencionais, que poderiam trazer reações adversas. 
Depois de um período de angústia, um amigo recomendou o tratamento com cannabis. Sem hesitação, Aguiar decidiu experimentar. Para sua surpresa, os resultados foram rápidos. “Melhorei muito, principalmente durante o dia, e até meus sintomas noturnos desapareceram completamente”, afirmou. 
Atualmente, ele consome diariamente cerca de 30 gotas de CBD (canabidiol) sem nenhum efeito colateral. “Só sinto melhorias”, disse.  

Uma questão cada vez mais frequente

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aproximadamente 11 milhões de brasileiros usam medicamentos para dormir. Somente entre janeiro e setembro de 2023, as farmácias adquiriram mais de 90 milhões de caixas de remédios para insônia. 
O Zolpidem se destaca como um dos mais conhecidos, porém estudos alertam para os riscos a curto e longo prazo do seu uso.
Pesquisas demonstram que o Zolpidem aumenta significativamente as chances de acidentes de trânsito, impactando a concentração de forma semelhante ao consumo de álcool. 
Além disso, os medicamentos para insônia, como o Zolpidem, podem causar sonolência, dependência, sonambulismo e problemas de memória. 

Dificuldades em encontrar um médico para prescrever

Quando decidiu experimentar a cannabis medicinal em 2021, Aguiar enfrentou dificuldades para encontrar um médico disposto a prescrever o tratamento. Foram necessárias três consultas até encontrar o profissional adequado. 
“Não é fácil encontrar médicos que receitam, eles têm muito receio (…) precisei passar por três profissionais, o primeiro me receitou uma dose tão baixa que não surtiu efeito algum”, explicou Aguiar. 
Ele iniciou o tratamento com o óleo fornecido por uma associação, a forma mais acessível encontrada na época.  
Mesmo com mais de 400 mil pacientes utilizando cannabis hoje em dia, a comercialização ainda é recente no Brasil. A permissão da Anvisa para a venda em farmácias ocorreu apenas no final de 2019. 
Inicialmente, os custos eram altos, acima de R$2 mil. “Quando comecei, era muito caro, fora do meu alcance financeiro”, comentou Aguiar. 
Com o aumento de pacientes e a facilitação para importação, o mercado nacional passou a contar com mais opções e preços mais acessíveis. 
Atualmente, Aguiar gasta cerca de R$300 por mês para obter o tratamento no exterior. “Não é barato, mas agora é possível, não é mais inacessível”, afirmou. 
Porém, o tratamento se tornou essencial. Se Aguiar interromper o uso da cannabis, os sintomas retornam.  
Fonte: Cannalize.
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