Pesquisa brasileira atesta método artesanal de alta precisão para produção de cannabis medicinal
Atualizado: 29 maio, 2025 18:17 <div class="wp-block-essential-blocks-advanced-heading root-eb-advance-heading-bypeu"><div class="eb-parent-wrapper eb-parent-eb-advance-heading-bypeu "><div class="eb-advance-heading-wrapper eb-advance-heading-bypeu button-1 undefined" data-id="eb-advance-heading-bypeu"><h2 class="eb-ah-title"><span class="first-title">Pesquisa da UnB comprova que produção artesanal pode alcançar precisão em THC e CBD, desafiando o monopólio industrial da qualidade e defendendo regulação inclusiva</span></h2></div></div></div>
<p>Uma pesquisa inédita conduzida pelo pesquisador Pedro Nicoletti, na Universidade de Brasília (UnB), comprova que métodos artesanais podem alcançar padrões de qualidade compatíveis com os exigidos para o uso terapêutico da cannabis. Utilizando extratos nativos de espectro completo, com equipamentos acessíveis e sem necessidade de refinamento molecular, a proposta oferece uma alternativa viável à produção industrial.</p>
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<p>Denominado <strong>“Método Herbalista”</strong>, o protocolo permite a produção de um Derivado Fitocomplexo Combinado (DFC), com perfis químicos controlados a partir de Extratos Nativos Completos (ENC), atendendo às exigências da farmacopeia brasileira e europeia. A validação foi realizada no laboratório AQQUA da UnB, com análises laboratoriais conduzidas pelo Central Crom da Universidade Federal de Santa Catarina.</p>
<p><strong><em>“O que estamos demonstrando é que a qualidade em precisão e consistência não é privilégio da indústria”</em></strong>, afirma Nicoletti. <em><strong>“É possível alcançar precisão técnica com simplicidade, o que confere autonomia e argumentação científica para pequenos produtores, farmácias de manipulação e associações que hoje enfrentam barreiras regulatórias desproporcionais.”</strong></em></p>
<p>A pesquisa permite qualificar a produção artesanal brasileira com base em critérios científicos reconhecidos, valoriza o uso do fitocomplexo integral da planta e viabiliza sua inclusão em pesquisas clínicas. Isso representa um avanço em direção à medicina baseada em evidências no campo da cannabis.</p>
<p>Segundo o autor, o desenvolvimento do método também está inserido em um debate ético e político: <em><strong>“Se não levamos em consideração os aspectos éticos dessa regulação, corremos o risco de repetir a história de segregação e marginalização que a proibição provocou.”</strong></em></p>
<p>A pesquisa chega em um momento estratégico, às vésperas de um possível marco regulatório para a cannabis no Congresso Nacional. O “Método Herbalista” surge, portanto, como argumento técnico relevante em defesa de uma regulação inclusiva, que não apenas reconheça a competência científica da produção artesanal, mas a integre ao futuro da política de saúde e ciência no país.</p>
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<p><strong>Sobre o autor do estudo</strong><br>Pedro Nicoletti (<a href="https://www.instagram.com/nicomalazartes" target="_blank" rel="noreferrer noopener">NicoMalazartes</a>) é pesquisador, educador e fundador do Instituto Herbalista. Atua há 12 anos com capacitação em operações produtivas de cannabis medicinal no Brasil, América Latina e países anglo-saxônicos. É cofundador do laboratório Cannalítica, especializado em pesquisas sobre qualidade medicinal da cannabis.</p>
<p>Foto: Canva Pro</p>
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