Pesquisa científica sobre cannabis: Tudo o que você precisa saber para fazer a sua pesquisa 

  • Redação
Atualizado: 05 julho, 2025 15:20
<p>Com o crescimento do <a href="https://kayamind.com/anuario-da-cannabis-medicinal-no-brasil-2023/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">mercado canábico no Brasil</a> e no mundo, aumenta também o interesse por estudos que comprovem sua eficácia, segurança e aplicações. A pesquisa científica sobre cannabis é hoje uma das frentes mais promissoras para profissionais da saúde, ciência, farmácia e políticas públicas — além de ser fundamental para garantir que pacientes tenham acesso a tratamentos baseados em evidências.&nbsp;</p> <p>Mas como começar? Onde buscar dados confiáveis? Quais são as bases científicas open access disponíveis? E, mais do que isso: como divulgar uma pesquisa nessa área em um contexto que ainda carrega estigma e limitações regulatórias?&nbsp;</p> <p>Se você pretende se aventurar no universo das evidências científicas sobre cannabis, este artigo é um guia essencial. Reunimos dicas, fontes e reflexões práticas para apoiar quem quer produzir, interpretar ou divulgar estudos científicos sobre canabidiol e outras substâncias da planta.&nbsp;</p> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <h2 class="wp-block-heading">Principais bases de dados para fazer pesquisa científica sobre cannabis&nbsp;</h2> <p>A boa pesquisa começa com uma revisão bibliográfica sólida — e, no caso da cannabis, nem toda informação relevante está nos lugares mais óbvios. Por isso, listamos algumas das bases mais importantes para encontrar artigos, ensaios clínicos, revisões sistemáticas e experimentos relacionados à planta:&nbsp;</p> <figure class="wp-block-image alignright size-full is-resized"><img fetchpriority="high" decoding="async" width="600" height="450" src="http://kayamind-minio.aqrour.easypanel.host/wordpress/2025/04/Pesquisa-cientifica-sobre-cannabis.png" alt="Pesquisa científica sobre cannabis" class="wp-image-24250" style="width:400px"/></figure> <ul class="wp-block-list"> <li><strong>PubMed: </strong>É <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">uma das bases mais completas do mundo</a> em medicina e ciências da saúde. Ao buscar por termos como “cannabis”, “cannabinoids” ou <a href="https://kayamind.com/cbd-fitocanabinoides/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">“CBD”</a>, você encontrará milhares de estudos, muitos deles com acesso gratuito aos resumos e, em alguns casos, ao texto completo. </li> <li><strong>ScienceDirect: </strong>Reúne artigos revisados por pares em diversas áreas do conhecimento, com um volume crescente de pesquisas sobre canabidiol e efeitos terapêuticos da cannabis. <a href="https://www.sciencedirect.com/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">É uma base paga,</a> mas universidades e instituições costumam ter acesso institucional. </li> <li><strong>Scielo:</strong> <a href="https://www.scielo.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Base latino-americana</a> que reúne estudos em português e espanhol. É ideal para encontrar trabalhos com contexto brasileiro, especialmente em políticas públicas, direito, saúde coletiva e farmacologia. </li> <li><strong>Google Scholar (Google Acadêmico): </strong><a href="https://scholar.google.com/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Ótimo ponto de partida</a> para quem está iniciando a busca. Permite encontrar desde dissertações de mestrado até artigos internacionais. A dica aqui é sempre verificar se o artigo é publicado em periódico revisado por pares. </li> <li><strong>ClinicalTrials.gov: </strong><a href="https://clinicaltrials.gov/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Repositório global de ensaios clínicos</a>. Você pode ver quais pesquisas com cannabis e canabinoides estão em andamento, quais já foram finalizadas e os resultados disponíveis. </li> <li><strong>ResearchGate: </strong><a href="https://www.researchgate.net/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Plataforma colaborativa entre cientistas</a>. Muitos autores compartilham diretamente seus estudos ali — inclusive versões pré-print ou complementares. É possível fazer contato com os próprios pesquisadores para pedir acesso a materiais completos. </li> <li><strong>DOAJ (Directory of Open Access Journals): </strong>Foca em periódicos de acesso aberto. É uma <a href="https://doaj.org/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">boa opção</a> para quem busca publicações gratuitas e com rigor científico. </li> </ul> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <p>Além disso, muitas universidades brasileiras estão desenvolvendo linhas de pesquisa com cannabis medicinal. Ficar atento aos repositórios institucionais, aos grupos de estudo (como os das universidades federais) e aos eventos científicos da área também é essencial para acompanhar os avanços mais recentes. </p> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <h2 class="wp-block-heading">Como divulgar a sua pesquisa científica sobre cannabis?&nbsp;</h2> <p>Depois de estruturada, analisada e validada, toda pesquisa científica precisa chegar até o público certo — seja ele a comunidade acadêmica, profissionais da saúde, pacientes ou tomadores de decisão.&nbsp;</p> <p>No campo da cannabis, isso é ainda mais estratégico. Divulgar bons estudos é essencial para superar o estigma e ampliar o acesso seguro aos derivados da planta. Veja algumas dicas para fazer isso com impacto: </p> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <p><strong>1. Publique em revistas científicas sérias </strong></p> <p>A escolha do periódico é fundamental. Priorize revistas indexadas, com revisão por pares e boa reputação na área. Títulos como <em>Cannabis and Cannabinoid Research</em>, <em>Journal of Cannabis Research</em> e <em>Frontiers in Pharmacology</em> costumam receber trabalhos sobre o tema. </p> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <p><strong>2. Apresente em congressos e eventos </strong></p> <p>No Brasil, eventos como o <a href="https://medicalcannabissummit.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Medical Cannabis Summit</a> e seminários acadêmicos voltados à saúde integrativa são ótimos espaços para expor sua pesquisa, <a href="https://kayamind.com/eventos-para-medicos-prescritores/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">ampliar networking</a> e receber feedback qualificado. </p> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <p><strong>3. Escreva resumos acessíveis </strong></p> <p>Traduza sua pesquisa em uma linguagem que possa ser entendida por não especialistas. Fazer isso em forma de post de blog, resumo gráfico, vídeo curto ou infográfico pode aumentar muito o alcance e a utilidade prática do seu trabalho. </p> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <p><strong>4. Compartilhe em plataformas científicas e redes sociais </strong></p> <p>Use ferramentas como o ResearchGate, Academia.edu e <a href="https://www.linkedin.com/?trk=seo-authwall-base_nav-header-logo" target="_blank" rel="noreferrer noopener">LinkedIn</a> para apresentar seu trabalho e dialogar com outros pesquisadores. Grupos de discussão sobre cannabis e medicina integrativa também são canais valiosos para divulgação. </p> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <p><strong>5. Envolva parceiros estratégicos </strong></p> <p>Se a sua pesquisa foi realizada com apoio de <a href="https://kayamind.com/como-criar-uma-associacao-de-cannabis/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">associações</a>, laboratórios ou <a href="https://kayamind.com/estudos-cientificos-sobre-cannabis/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">universidades</a>, alinhe com eles a divulgação para fortalecer a legitimidade e ampliar a visibilidade dos resultados.&nbsp;</p> <p>Hoje, existe uma comunidade crescente de cientistas, médicos, pacientes e comunicadores comprometidos com a construção de um debate qualificado sobre cannabis. Sua pesquisa pode (e deve) fazer parte disso. </p> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <h3 class="wp-block-heading">Importância das evidências científicas sobre canabidiol&nbsp;</h3> <p>Com o avanço do uso medicinal da cannabis no Brasil, o debate sobre suas indicações, segurança e eficácia precisa estar ancorado em dados científicos robustos. Isso é importante por diversos motivos:&nbsp;</p> <ul class="wp-block-list"> <li>Apoia a decisão clínica de médicos que buscam respaldo para prescrever com segurança; </li> <li>Orienta pacientes que desejam compreender melhor os efeitos dos produtos que utilizam; </li> <li><a href="https://kayamind.com/descriminalizacao-da-maconha-no-brasil/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Fortalece a regulamentação,</a> ao fornecer base para políticas públicas coerentes com a realidade; </li> <li><a href="https://kayamind.com/como-nao-cair-em-fake-news-sobre-cannabis/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Combate a desinformação</a>, que ainda circula com frequência nas redes sociais e mídia não especializada; </li> <li>Atrai investimento em pesquisa e inovação, ao mostrar o potencial terapêutico e econômico do setor. </li> </ul> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <p>Entre os temas mais estudados atualmente em relação ao canabidiol (CBD) e demais canabinoides, destacam-se o <a href="https://kayamind.com/cannabis-fibromialgia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">tratamento da dor crônica</a>, <a href="https://kayamind.com/uso-de-canabidiol-para-epilepsia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">epilepsia refratária</a>, <a href="https://kayamind.com/transtorno-da-ansiedade-generalizada-tag" target="_blank" rel="noreferrer noopener">transtornos de ansiedade</a> e <a href="https://kayamind.com/cbd-e-insonia-o-que-fazer-e-como-ter-um-sono-de-qualidade/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">insônia</a>, <a href="https://kayamind.com/transtornos-neurocognitivos/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">transtornos neurodegenerativos</a> (como <a href="https://kayamind.com/cannabis-e-alzheimer/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Alzheimer</a> e <a href="https://kayamind.com/cannabis-e-parkinson/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Parkinson</a>), <a href="https://kayamind.com/cannabis-e-cancer/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">câncer</a> e <a href="https://kayamind.com/cuidados-paliativos-e-cannabis/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">efeitos colaterais da quimioterapia</a>, <a href="https://kayamind.com/probioticos-para-o-intestino-para-que-serve-e-beneficios/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">distúrbios inflamatórios intestinais</a>, <a href="https://kayamind.com/esclerodermia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">esclerose múltipla</a>, dentre outros.&nbsp;</p> <p>Mesmo com tantos avanços, ainda existem lacunas. Diversas condições clínicas ainda carecem de ensaios clínicos mais robustos, especialmente no contexto brasileiro. Por isso, investir em novas pesquisas e garantir que elas sejam divulgadas de forma acessível é uma tarefa coletiva. </p> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <h2 class="wp-block-heading">Dicas para quem quer pesquisar evidências sobre cannabis&nbsp;</h2> <ul class="wp-block-list"> <li>Busque formação complementar em medicina integrativa, farmacologia canábica ou análise de estudos clínicos; </li> <li>Mantenha-se atualizado com as principais publicações da área — seja como leitor ou participante ativo; </li> <li>Dialogue com outros profissionais que já estão inseridos no setor canábico: experiências práticas enriquecem a pesquisa; </li> <li>Entenda que a produção de evidência não depende só da ciência dura — ela também envolve contexto social, acesso, educação e política. </li> </ul> <div style="height:30px" aria-hidden="true" class="wp-block-spacer"></div> <figure class="wp-block-image alignleft size-full is-resized"><img decoding="async" width="600" height="450" src="http://kayamind-minio.aqrour.easypanel.host/wordpress/2025/04/Dicas.png" alt="Dicas" class="wp-image-24249" style="width:400px"/></figure> <p>Seja você um médico, farmacêutico, estudante, gestor ou ativista, construir conhecimento confiável sobre cannabis é parte essencial da evolução do mercado e da saúde pública.&nbsp;</p> <p>A pesquisa científica sobre cannabis não é apenas uma oportunidade acadêmica — é uma ferramenta concreta para transformar o cuidado à saúde, combater o preconceito e abrir espaço para um mercado mais seguro, acessível e regulado.&nbsp;</p> <p>Com mais de <strong>670 mil pacientes no Brasil </strong>já autorizados a usar cannabis medicinal e mais de <strong>18 mil médicos</strong> que já prescreveram esses produtos, o uso terapêutico da planta deixou de ser nicho. Agora, o desafio é garantir que essa prática seja sempre baseada em evidências sólidas e éticas.&nbsp;</p> <p>Se você quer contribuir com essa construção, o caminho passa por estudar, investigar, publicar e compartilhar. A ciência agradece. Os pacientes também.&nbsp;</p> <p>Acesse gratuitamente o <a href="https://kayamind.com/anuario-da-cannabis-medicinal-2024/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Anuário da Cannabis Medicinal 2024,</a> produzido pela Kaya. Nele, você encontra os principais números sobre pacientes, médicos, associações, tipos de produtos, categorias mais prescritas e muito mais — tudo com base em dados reais e análise especializada.&nbsp;</p> <p>O post <a href="https://kayamind.com/pesquisa-cientifica-sobre-cannabis/">Pesquisa científica sobre cannabis: Tudo o que você precisa saber para fazer a sua pesquisa </a> apareceu primeiro em <a href="https://kayamind.com">Kaya Mind - Informações sobre o mercado da cannabis</a>.</p>
© 2024 Buscannabis. Todos os direitos reservados.