Pesquisadores brasileiros apontam potencial terapêutico de psicodélicos na redução da neuroinflamação
Redação
Atualizado: 23 abril, 2025 10:52
<p>Pesquisadores brasileiros realizaram uma pesquisa recente que aponta o potencial terapêutico dos psicodélicos, como psilocibina, LSD e DMT, na redução da neuroinflamação. Esses compostos apresentam efeitos anti-inflamatórios no cérebro, atuando na ativação do receptor de serotonina 5-HT2A e modulando vias inflamatórias importantes, promovendo neuroplasticidade e interagindo com sistemas neurotransmissores como o glutamatérgico e dopaminérgico.</p>
<p>Os estudos demonstraram que os psicodélicos influenciam processos celulares essenciais, incluindo vias como NF-κB, PI3K/Akt e mTOR, que regulam a resposta imune e favorecem a regeneração neuronal. Além disso, essas substâncias podem modular a função da microglia, células imunológicas do cérebro, impactando processos inflamatórios e neurodegenerativos.</p>
<p>A neuroinflamação desempenha um papel crucial em doenças como Alzheimer, Parkinson e depressão maior. Estudos recentes indicam que os psicodélicos podem ajudar a restaurar a homeostase do sistema nervoso central, reduzindo a ativação exacerbada do sistema imune inato. Além disso, essas substâncias podem induzir alterações epigenéticas duradouras, promovendo efeitos terapêuticos sustentados.</p>
<p>Os psicodélicos também têm sido associados à melhoria da saúde mental, reduzindo sintomas de depressão e ansiedade. Pesquisas sobre a ayahuasca, por exemplo, indicam benefícios relacionados à plasticidade neuronal e ao bem-estar emocional. A integração dessas substâncias com outras terapias, como agentes anti-inflamatórios e abordagens psicológicas, pode maximizar os benefícios terapêuticos para distúrbios neuropsiquiátricos.</p>
<p>Fonte: Sechat.