Sonhar é necessário

É fundamental compreender a relevância da cannabis medicinal, suas aplicações terapêuticas e seu uso como medicamento. Estudos respaldados por pesquisas clínicas e baseados em evidências científicas se tornam essenciais devido à controvérsia em torno do assunto.

O resultado de todas essas investigações é inequívoco, não deixando espaço para dúvidas ou distorções. Como pesquisador, afirmo sem hesitação os inquestionáveis benefícios da cannabis medicinal.

Preconceitos, Fake News e desinformação não têm lugar quando se trata de ciência, especialmente a científica. Minha missão sempre foi melhorar a qualidade de vida dos pacientes, e ver a rápida evolução da regulamentação da cannabis medicinal no Brasil traz muita satisfação ao beneficiar milhares de pessoas.

Uma pesquisa na Biblioteca Nacional de Ciência dos Estados Unidos revelou mais de 45 mil estudos relacionados à cannabis, a maioria recentemente publicada.

Todos esses estudos confirmam o valor terapêutico da cannabis em diversas condições, como epilepsia, esclerose múltipla, dor crônica, câncer, doenças autoimunes, doenças neurológicas, entre outras.

Agências reguladoras em todo o mundo têm aprovado seu uso, o que demonstra ignorância sobre o assunto dizer que não existem evidências clínicas ou trabalhos científicos que comprovem sua eficácia.

Portanto, é crucial investir em educação médica contínua para compartilhar informações científicas relevantes, muitas vezes desconhecidas pelo público em geral.

O objetivo é destacar a cannabis medicinal exclusivamente como forma de tratamento, sem adentrar em discussões sobre seu uso recreativo, cultivo ou comercialização.

A descoberta do sistema endocanabinoide na década de 1990 trouxe importante embasamento científico ao mecanismo de ação da cannabis medicinal, surpreendendo a comunidade científica ao revelar que produzimos cannabis internamente.

Negar a importância dessa planta na vida das pessoas que dependem dela e no sistema de saúde do país é simplesmente irracional, independentemente das percepções individuais.

Os profissionais de saúde devem ter a capacitação adequada para utilizar essa valiosa opção terapêutica, considerando os milhares de anos de experiência epigenética que influenciaram tanto a planta quanto nosso genoma.