Subnotificação e diagnóstico tardio do autismo no Brasil: desafios em destaque durante o Abril Azul

  • Redação
Atualizado: 15 abril, 2025 19:44
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Abril Azul é um mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas, no Brasil, a data também acende um alerta sobre uma realidade pouco discutida: a subnotificação do autismo no país. Estima-se que mais de 6 milhões de pessoas possam ser autistas sem diagnóstico e, como consequência, sem o suporte adequado. No entanto, o Brasil ainda se baseia em uma estimativa defasada da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2010, que apontava cerca de 2 milhões de pessoas com autismo. Esses dados refletem uma grande discrepância entre a realidade e as informações disponíveis, agravando a crise silenciosa que afeta milhares de famílias e compromete políticas públicas, diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos adequados.

O desafio da subnotificação

De acordo com dados da pesquisa “Retratos do Autismo”, realizada pela Genial Care, 64% das famílias brasileiras afirmam não ter tido contato prévio com o TEA antes do diagnóstico. Essa desinformação é um reflexo direto da falta de programas de conscientização e da escassez de informações acessíveis sobre o transtorno. Um dado alarmante é que, na ausência de um diagnóstico precoce, 49% das pessoas autistas já apresentaram comportamentos de autolesão, e o índice de suicídio entre autistas pode ser até 10 vezes maior do que na população geral. Isso aponta para uma realidade em que a falta de diagnóstico adequado agrava as condições de vida de pessoas com TEA e suas famílias.

A conscientização e o diagnóstico tardio

Apesar de o autismo ser comumente associado a crianças, um número crescente de adultos tem recebido o diagnóstico de TEA, principalmente após a descoberta de que seus filhos também são autistas. A psiquiatra Rachel Rodrigues Cavalcante destaca que muitos adultos só descobrem que são autistas ao perceberem semelhanças com o comportamento de seus filhos. O diagnóstico tardio de TEA é mais difícil, principalmente porque muitos mascaram os sintomas ao longo da vida. Dra. Rachel recomenda que os adultos diagnosticados reflitam sobre como os sintomas estavam presentes ao longo de suas vidas e busquem tratamentos adequados, que podem incluir intervenções comportamentais e terapias, como o uso de Cannabis medicinal.

Dra. Bibiana Lima Peres compartilha sua jornada de diagnóstico tardio e o impacto da Cannabis no tratamento do TEA

Dra. Bibiana Lima Peres, médica que trata pacientes com autismo, também passou por um diagnóstico tardio de TEA. Durante sua carreira, Dra. Bibiana vivenciou de perto a transformação de pacientes com o uso de Cannabis medicinal. O tratamento com Canabidiol teve um papel fundamental em sua jornada pessoal, ajudando-a a controlar a ansiedade e a lidar com a insônia. A médica explica que os canabinoides podem ser eficazes no controle de sintomas e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes autistas e suas famílias.

O Desafio de diagnosticar e tratar o Autismo no Brasil

A situação do autismo no Brasil ainda enfrenta grandes desafios. A falta de dados atualizados e a subnotificação do transtorno dificultam a implementação de políticas públicas adequadas e a criação de redes de apoio para pessoas autistas e suas famílias. O mês de Abril Azul é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância da detecção precoce, do suporte adequado e da necessidade de políticas públicas eficazes para garantir uma vida digna e de qualidade para as pessoas com TEA. O que se espera é que, com mais informação e acesso ao tratamento, a realidade dos autistas no Brasil se transforme. Como afirmou Dra. Bibiana, “o maior presente que posso receber é ver a transformação na vida de um paciente autista e ouvir das mães que seus filhos estão melhores. Isso me motiva a seguir adiante na luta pelo reconhecimento e tratamento do TEA.”

Importante!

É importante destacar que, no Brasil, o uso de Cannabis medicinal é legal apenas com a orientação e prescrição de um profissional de saúde qualificado. Caso esteja interessado em iniciar um tratamento com canabinoides, é crucial buscar um especialista com experiência nesse setor. Para agendar uma consulta, acesse nossa plataforma, que conta com mais de 300 profissionais especializados na prescrição de Cannabis medicinal, e marque seu atendimento.
Fonte: Cannabis e Saúde.
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