Turismo canábico no Uruguai: Será viável?

Turismo canábico no Uruguai: Será que vai?

A proposta de lei busca ser uma oportunidade econômica para o Uruguai. No entanto, gera divisões entre os uruguaios.

Atualmente, o debate no Uruguai envolve possíveis mudanças na legislação sobre cannabis, liberando seu uso, comercialização e consumo por turistas, o que tem gerado opiniões divergentes entre os cidadãos.

Contrariando a crença popular, a legislação uruguaia estabelece que somente residentes podem adquirir e utilizar maconha no país.

A proposta tem gerado discordâncias entre os uruguaios, com alguns preocupados com a possibilidade de o país se tornar uma nova "Amsterdã", enquanto outros enxergam a oportunidade econômica que poderia impulsionar o turismo local.

O Uruguai foi um dos pioneiros na legalização da maconha em 2013, regulamentando o mercado por meio do IRCCA (Instituto de Regulação e Controle da Cannabis). Posteriormente, a venda da cannabis em farmácias também foi regulamentada, com preços tabelados pelo governo.

A flexibilização das leis tem como objetivo potencializar o aspecto econômico. No último ano, o país recebeu mais turistas do que sua população, gerando uma receita significativa, conforme dados do ministério do turismo.

O projeto de lei, de autoria de sete deputados, propõe a regulamentação da cannabis psicoativa para uso adulto no Uruguai, vislumbrando o país como um potencial mercado global nesse segmento.

Outra justificativa do projeto é a necessidade de atualizar a legislação para combater o mercado ilegal, que desrespeita as normas de venda apenas para cidadãos uruguaios.

O subsecretário de turismo e membro do conselho nacional de drogas, Remo Monzeglio, defende até mesmo a dispensa de cadastro para aquisição da erva.

O mercado de produtos à base de cannabis apresenta grande potencial, inclusive no Brasil. Um curso introdutório de 40 minutos sobre o setor e suas oportunidades está disponível por menos de R$100. Fonte: Cannalize.