“Vemos que a Cannabis tem efeitos fantásticos para pessoas com Esclerose Múltipla”

Redação
06 junho 2025
17:51

Atualizado: 14 julho, 2025 13:35

“Não quero que ninguém se sinta sozinho como eu me senti após ter o diagnóstico da esclerose múltipla”. São com estas palavras que Ricardo Faria começa seu relato sobre o trabalho desenvolvido na <a href="https://www.instagram.com/agapemrs/">Associação Gaúcha de Pessoas com Esclerose Múltipla. </a> <blockquote>“Eu tive o diagnóstico da EM em 2016. Eu tive uma paralisia no lado esquerdo do rosto, que foi subindo, subindo e paralisou todo o lado esquerdo do rosto. E eu fui atrás e aí na madrugada do dia 23 de outubro de 2016, eu tive o diagnóstico e eu lembro até hoje que a médica falou assim: ‘O Ricardo tem esclerose múltipla, uma doença que não tem cura, mas tem tratamento’. E isso me deu um choque”, conta. </blockquote> Segundo ele, a sensação de impotência e o medo do desconhecido são, normalmente, comuns entre os pacientes diagnosticados com <a href="https://www.cannabisesaude.com.br/?s=esclerose">Esclerose Múltipla</a>. Porém, gaúchos que encontram a AGAPEM não estarão sozinhos. <h2>“Somos feitos de pessoas para pessoas!”</h2> Portanto, após o diagnóstico, Ricardo sentiu a necessidade de ajudar outros que passavam pela mesma situação. Em 2020, ele assumiu a presidência da AGAPEM, uma organização dedicada ao apoio de pessoas com EM no Rio Grande do Sul. A associação, que atende mais de 200 associados em todo o estado, realiza ações em diversos municípios para conscientizar a população sobre a doença e oferecer acolhimento. <blockquote>“Fiquei sabendo de uma associação de EM que estava parada no estado e o objetivo da associação é que ninguém passe o que eu passei, que foi a desinformação e a solidão. Então a meta é essa: ser um canal de segurança, de informação e de acolhimento”.</blockquote> Além disso, a associação, além de prestar suporte emocional, também trabalha para mudar a percepção social sobre a EM, que muitas vezes é associada apenas a pessoas mais velhas, quando na verdade a doença se manifesta principalmente entre pessoas jovens, entre 20 e 40 anos. <h2>Informação é o melhor remédio</h2> Ricardo defende que a informação é fundamental no tratamento da EM. A AGAPEM tem atuado fortemente em políticas públicas, buscando representar os interesses dos pacientes dentro da Assembleia Legislativa, Câmara dos Vereadores e prefeituras. Além disso, a associação desenvolve campanhas de conscientização nas universidades e nas escolas, ajudando a esclarecer a população sobre o que é a doença e como ela pode ser tratada. Inclusive, a entidade desenvolveu recentemente o documentário “Esclerose Múltipla: Uma Luta Invisível!”. <div class="epyt-video-wrapper"><iframe id="_ytid_17897" width="800" height="450" data-origwidth="800" data-origheight="450" src="https://www.youtube.com/embed/hblAkAMy6Qc?enablejsapi=1&autoplay=0&cc_load_policy=0&cc_lang_pref=&iv_load_policy=3&loop=0&modestbranding=0&rel=1&fs=0&playsinline=0&autohide=2&theme=dark&color=red&controls=1&" class="__youtube_prefs__ no-lazyload" title="YouTube player" allow="fullscreen; accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen data-no-lazy="1" data-skipgform_ajax_framebjll=""></iframe></div> “Hoje a gente trabalha com advocacy, a gente faz políticas públicas e o que a gente precisa informar, porque as pessoas não conhecem esclerose múltipla. Não sabem que ela se manifesta na melhor fase de produção, que é dos 20 aos 40 anos de idade”, pontua. <h2>A significativa incidência de EM no RS</h2> A esclerose múltipla tem uma incidência significativa no Rio Grande do Sul, com a cidade de Santa Maria destacando-se como a localidade brasileira com maior prevalência da doença. A cidade registra 27 casos a cada 100 mil habitantes, o que é bem acima da média nacional. Em todo o estado, mais de 2.000 pessoas convivem com a doença. Essa alta incidência reforça a necessidade de mais ações de conscientização e apoio para as pessoas afetadas. Para Ricardo, é essencial que a sociedade entenda a importância do diagnóstico precoce e da adesão a tratamentos inovadores, como os à base de Cannabis. Neste contexto, segundo dados do Anuário da Kaya Mind, houve um aumento de 67% em 2024 de importações de produtos à base de Cannabis no estado do Rio Grande do Sul. <h2>Cannabis no tratamento da EM</h2> Para Ricardo, a Cannabis tem mostrado resultados “fantásticos” no alívio dos sintomas de pacientes com Esclerose Múltipla. O uso de derivados de planta, especialmente o CBD e o THC, tem sido cada vez mais explorado no manejo da dor crônica e espasticidade, dois sintomas comuns da EM. <blockquote>“Vemos que a Cannabis tem sido uma ferramenta importante no controle da dor e da espasticidade. Muitos pacientes relatam melhorias significativas na qualidade de vida, podendo, assim, se sentir mais ativos e com maior qualidade de vida”, afirma. </blockquote> Neste sentido, a AGAPEM, em parceria com outros grupos de pacientes e profissionais da saúde, tem incentivado o diálogo sobre o uso com devido acompanhamento médico imprescindível no Brasil e na segurança do tratamento. Leia mais: <ul> <li aria-level="1"><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/cannabis-sintomas-urinarios-esclerose-multipla/">Cannabis pode melhorar sintomas urinários da esclerose múltipla</a></li> <li aria-level="1"><a href="https://www.cannabisesaude.com.br/cannabis-no-tratamento-da-esclerose-multipla/">Cannabis no tratamento da esclerose múltipla</a></li> </ul> <h2>Como a Cannabis atua em pessoas com Esclerose Múltipla segundo a ciência?</h2> A Cannabis é composta por diversos compostos ativos, são os fitocanabinoides, sendo o THC e o CBD as substâncias mais estudadas atualmente para efeitos terapêuticos. Estes compostos interagem com o sistema endocanabinoide do organismo – um sistema regulador que participa na modulação do humor, dor e imunidade. Os estudos pré-clinicos e clínicos demonstram que a combinação de THC e CBD pode ajudar na redução de vários sintomas da EM, especialmente na espasticidade e na dor. Revisões realizadas pela <a href="https://www.aan.com/about-the-aan/">American Academy of Neurology (AAN) e pela National Academies of Science, Engineering and Medicine (NASEM)</a> reforçam que os pacientes relatam uma melhora nos sintomas de espasticidade quando comparados ao uso de placebo. <h2>Alívio da dor neuropática</h2> Além da espasticidade, a dor neuropática é outro sintoma frequente em pacientes com EM. A revisão sistemática abordada em vários estudos ressalta que os produtos à base de Cannabis também são eficazes na redução da dor, contribuindo para o bem-estar geral do paciente. Estudos clínicos utilizando tanto produtos combinados quanto formulações orais demonstraram melhorias na dor e outras sensações desagradáveis, mesmo que os efeitos variem de acordo com a composição de canabinoides utilizada. <h2>Como iniciar um tratamento com medicamentos à base de Cannabis para esclerose múltipla</h2> Para incluir medicamentos à base de Cannabis entre as diferentes abordagens para a esclerose múltipla, é fundamental ter a prescrição de um médico. Acessando nossa <a href="https://www.cannabisesaude.com.br/agende-a-sua-consulta/" target="_blank" rel="noopener">plataforma de agendamento</a>, você tem centenas de médicos à disposição para avaliar o seu caso e recomendar o melhor caminho. Com o acompanhamento médico adequado, não só a vida do paciente ganha em qualidade, mas de todas as pessoas que vivem ao seu redor. Então, inicie o tratamento precoce para aumentar as chances de sucesso. <a href="https://www.cannabisesaude.com.br/agende-a-sua-consulta/" target="_blank" rel="noopener">Marque já uma consulta!</a>

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